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Coinbase vai pagar multa de R$ 270 milhões após violar lei de lavagem de dinheiro

Corretora de criptomoedas foi acusada nos Estados Unidos de não ter aplicado regras que evitariam a prática por parte de seus clientes

Coinbase é uma das principais corretoras de criptomoedas do mercado (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Coinbase é uma das principais corretoras de criptomoedas do mercado (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 11h29.

Última atualização em 4 de janeiro de 2023 às 13h43.

A corretora de criptomoedas Coinbase, uma das maiores do mercado, fechou um acordo com a Justiça dos Estados Unidos e vai pagar uma multa de US$ 50 milhões (R$ 272 milhões, na cotação atual) após ser considerada culpada em um caso de violação das leis do país sobre lavagem de dinheiro.

De acordo com o jornal The New York Times, a empresa foi considerada culpada por ter permitido que seus clientes abrissem contas na exchange sem realizar as checagens apropriadas, o que acabou violando as leis que buscam evitar lavagem de dinheiro.

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Pelo acordo, a corretora de criptomoedas também precisará investir outros US$ 50 milhões para ampliar seu programa de compliance, que buscará evitar que traficantes de drogas, vendedores de pornografia infantil e outros criminosos consigam abrir contas na exchange.

A investigação sobre a Coinbase começou em 2020, em uma inspeção de rotina realizada depois que ela conseguiu uma autorização para operar no estado de Nova York em 2017. As violações das leis sobre lavagem de dinheiro estariam ocorrendo desde 2018.

Inicialmente, a corretora de criptomoedas concordou em contratar um consultor independente para reestruturar suas operações e se enquadrar nas regras americanas, mas a Justiça dos EUA considerou que as mudanças não foram suficientes.

Segundo as autoridades americanas, foram encontrados pelo menos 100 mil possíveis transações suspeitas feitas por clientes que não foram devidamente examinadas, e a exchange teria apenas métodos "rudimentares" de inspeção de clientes.

Um dos casos citados no processo contra a Coinbase envolveu um ladrão que conseguiu roubar US$ 150 milhões de uma empresa e que se passou por um funcionário da companhia ao criar uma conta na corretora de criptomoedas.

As autoridades consideram que a Coinbase ainda está "se movendo muito devagar" nos esforços para revisar contas antigas em busca de possíveis suspeitos, e exigiram que a exchange trabalhe com um monitor independente por mais um ano para realizar essas operações.

Em nota, a Coinbase confirmou o acordo e disse que "levou as preocupações das autoridades a sério e realizou ações substanciais para abordar essas falhas históricas". Para a empresa, o acordo é um "passo essencial no comprometimento de melhora contínua, engajamento com reguladores e esforço para aumentar o compliance no mundo das criptomoedas".

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