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Coinbase nega demissões e adiamento de chegada ao país: "Brasil ainda é prioridade"

Terceira maior corretora de criptomoedas do mundo nega rumores sobre demissões e atraso na chegada ao Brasil e diz estar "no caminho certo para o lançamento no país"

Coinbase é uma das maiores empresas de criptomoedas do mundo (SOPA Images/Getty Images)

Coinbase é uma das maiores empresas de criptomoedas do mundo (SOPA Images/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 9 de junho de 2022 às 13h02.

Última atualização em 9 de junho de 2022 às 13h55.

Após a divulgação de notícias de que a Coinbase, terceira maior corretora cripto do mundo, entraria na onda de demissões que atinge empresas de criptomoedas e blockchain, e que adiaria o início de suas operações no Brasil, a empresa desmentiu o ocorrido, citando que apenas "pausaram as contratações" e que o cronograma para a chegada ao país "não está atrasado".

(Mynt/Divulgação)

“Devido às condições atuais do mercado, tivemos de tomar a difícil decisão de congelar as contratações — entretanto, a expansão internacional continua sendo uma prioridade chave e contrataremos de acordo com isso para apoiar as funções críticas da missão, incluindo conformidade e segurança", explicou a Coinbase, em nota.

O gigante das criptomoedas também falou sobre os planos de entrada no mercado brasileiro, mesmo em um momento negativo para o setor de cripto e blockchain: "Adaptarmo-nos rapidamente e agir agora nos ajudará a navegar com sucesso neste ambiente macro e emergir ainda mais forte, permitindo crescimento e inovação ainda mais saudáveis. O Brasil continua sendo um mercado prioritário para nós e estamos no caminho certo para nosso lançamento no país".

Mesmo ainda não tendo lançado oficialmente sua marca no país, a Coinbase já atua no mercado brasileiro, onde os usuários podem comprar os mais de 170 ativos listados pela corretora com cartão de crédito. A carteira Coinbase Wallet e a ferramenta de staking da corretora também já estão disponíveis para brasileiros. Além disso, a empresa também atua no país através do Coinbase Ventures, fundo de venture capital que tem mais de 300 empresas na sua carteira, inclusive a gestora Hashdex e a corretora Bitso.

Apesar de tudo isso, a empresa afirma que "ainda não tem previsão" de data para o lançamento oficial no país nem sobre outros produtos, serviços e meios de pagamento que serão oferecidos aos brasileiros quando isso acontecer. "Estamos ansiosos para compartilhar mais”, finaliza o texto da corretora.

Ainda que não tenha efetivado demissões, a Coinbase passa por um momento delicado, com forte desvalorização de suas ações listadas na Nasdaq, que acumulam queda de 74% no ano e quase 81% desde o IPO, em abril de 2021. A empresa também perdeu o posto de segunda maior corretora do mundo recentemente. O congelamento de contratação e o corte de custos anunciado pela empresa em sua divulgação de balanço mais recente, que levou aos investidores números bastante negativos, são consequências de todos esses fatores.

O mau momento, claro, não é exclusividade da Coinbase, mas de quase todo a indústria cripto, que, após intensa capitalização em 2021 e expansão acelerada de quase todos os grandes players do setor, sofreu forte queda em 2022, que tem forçado cortes orçamentários e ajustes na maioria das empresas — inclusive em marcas famosas como Mercado Bitcoin, Gemini e Bitso.

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