Future of Money

Cofundador da criptomoeda Dogecoin critica compra do Twitter por Elon Musk

Mesmo com forte alta no preço da criptomoeda após anúncio de aquisição da rede social, Jackson Palmer questionou argumento usado por apoiadores da operação

Jackson Palmer, cofundador da dogecoin (Bloomberg/Getty Images)

Jackson Palmer, cofundador da dogecoin (Bloomberg/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 25 de abril de 2022 às 19h18.

Última atualização em 25 de abril de 2022 às 19h25.

Nem mesmo a disparada no preço da criptomoeda Dogecoin fez um dos cofundadores do projeto, Jackson Palmer, aprovar a negociação de compra do Twitter por Elon Musk. Utilizando a própria rede social, ele fez duras críticas ao movimento do CEO da Tesla.

"Sites de mídia social vêm e vão, e eu mal posto aqui - então eu realmente não tenho sentimentos fortes sobre nada disso. Apenas acho engraçada essa paradoxal afirmação de que o homem mais rico do mundo comprar e privatizar um site de mídia social trará 'liberdade'", publicou, na tarde desta segunda-feira, 25, pouco após a oficialização do desfecho da negociação.

(Mynt/Divulgação)

Palmer já havia criticado o movimento de Elon Musk sobre o Twitter há cerca de 10 dias, com argumento semelhante: "É necessária uma ginástica mental bem impressionante para associar qualquer tipo de 'liberdade' com o homem mais rico do mundo iniciar uma tomada hostil e forçar uma das maiores plataformas públicas de rede social a se tornar privada", disse, na época.

Apesar das críticas, o anúncio da compra do Twitter por Elon Musk provocou uma forte alta no preço da criptomoeda que Palmer ajudou a criar. O preço da dogecoin chegou a subir 25% nas horas seguintes ao anúncio e no momento é negociada mais de 20% acima do seu preço há 24 horas.

Atualmente, Palmer não está mais ligado à Dogecoin nem a nenhum outro projeto relacionado com o mercado cripto. No ano passado, inclusive, ele fez duras críticas ao setor, dizendo, por exemplo, que "as criptomoedas só servem pra deixar os ricos mais ricos". Na mesma época, ele anunciou que deixaria esta indústria para nunca mais voltar.

De lá para cá, entretanto, a Dogecoin quebrou recordes seguidos de preço, fez parte de ações publicitárias de grandes marcas e se tornou a criptomoeda queridinha de Elon Musk, que manifestou seu interesse pelo ativo diversas vezes - e é justamente por isso que o preço da DOGE sobe após o anúncio da aquisição do Twitter.

Parceiro de Palmer na criação da criptomoeda-meme, Billy Markus, por sua vez, adotou postura diferente. Apesar de também não fazer mais parte do projeto e de ter anunciado, ainda em 2021, que já vendeu todas as suas dogecoins (e não ficou rico com isso), ele reagiu positivamente à aquisição da rede social. Markus fez uma série de publicações noTwitter sobre o assunto ao longo do dia, a maioria bastante sarcástica, ironizando os críticos do negócio, sugerindo o retorno do fundador Jack Dorsey à diretoria da empresa e até elogiando a ideia citada por Elon Musk de acabar com os bots na rede social.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:CriptomoedasElon MuskTwitter

Mais de Future of Money

Iniciante em cripto? 5 passos para começar com o pé direito

Banco Central anuncia 2ª fase de consulta pública para regulamentação de criptomoedas no Brasil

Começa em SP o maior evento brasileiro de bitcoin: conheça a Satsconf

ETF de bitcoin da BlackRock ultrapassa o de ouro em ativos sob gestão meses após lançamento