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Clientes processam FTX e querem R$ 40 bilhões após críticas a plano de ressarcimento

Vítimas de falência da segunda maior corretora de criptomoedas do mundo destacaram problemas no pagamento de criptomoedas perdidas

FTX declarou falência em novembro de 2022 (Reuters/Reuters)

FTX declarou falência em novembro de 2022 (Reuters/Reuters)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 18 de junho de 2024 às 10h22.

Ex-clientes vítimas da falência da FTX decidiram processar a corretora de criptomoedas, acusando a empresa de prejudicar novamente os antigos investidores com o seu plano de ressarcimento. O processo, aberto nos Estados Unidos, demanda que a exchange pague mais US$ 8 bilhões (mais de R$ 43 bilhões, na cotação atual) em ativos aos clientes.

O processo coletivo tem como foco o plano anunciado no início deste ano para o pagamento dos clientes. No total, os clientes da FTX teriam direito a receber entre US$ 30 bilhões e US$ 35 bilhões em ativos perdidos, e a exchange informou que tinha cerca de 15 milhões de clientes antes da sua falência, em novembro de 2022.

Entretanto, o plano anunciado pela empresa falecida foi alvo de críticas logo após a sua divulgação. No processo, os clientes explicam que a corretora optou por ressarcir o valor das criptomoedas investidas tendo como referência o preço no momento do anúncio de falência da FTX.

À época, o mercado de criptomoedas estava em um ciclo de baixa e teve uma queda ainda mais intensa com o caso FTX. O bitcoin, por exemplo, chegou a cair para US$ 17 mil quando a falência da corretora foi oficializada. E, se o investidor tinha 1 bitcoin na corretora, esse será o valor que ele irá receber.

Desde então, porém, a criptomoeda teve uma forte valorização. Atualmente, ela está cotada na casa dos US$ 65 mil. Outro ativo citado frequentemente pelos clientes é a Solana, que valorizou mais de 800% desde a quebra da FTX.

Os clientes que abriram o processo contra a FTX argumentam que a falência impediu que eles tivessem acesso a suas criptomoedas e aproveitassem o recente ciclo de alta do setor, inclusive perdendo a chance de vender os ativos e realizarem lucros.

Na prática, portanto, seus ativos seriam muito mais valiosos no momento do que o valor estabelecido pela FTX para os ressarcimentos. Por isso, os clientes avaliam que a exchange deve um valor ainda maior para as vítimas da sua quebra, que também deveria ser pago ao grupo.

Apesar das críticas e do novo processo, o plano de ressarcimento da corretora de criptomoedas foi aprovado pela Justiça dos Estados Unidos. Em abril deste ano, a FTX informou que pretende iniciar os pagamentos aos clientes a partir do final de 2024.

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