Future of Money

Crítico às criptomoedas, CEO do JPMorgan cita blockchain em carta anual

Amplamente conhecido como um crítico do bitcoin e das criptomoedas, Jamie Dimon elogiou a tecnlogia e as iniciativas do JPMorgan no setor

O banco de investimentos atua com o blockchain desde 2017 (Chip Somodevilla/AFP)

O banco de investimentos atua com o blockchain desde 2017 (Chip Somodevilla/AFP)

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 5 de abril de 2022 às 10h22.

Última atualização em 10 de junho de 2024 às 12h35.

Jamie Dimon, o CEO de um dos maiores bancos de investimento do mundo, aparenta ter mudado drasticamente de ideia sobre a tecnologia blockchain e as criptomoedas. Amplamente conhecido como um de seus críticos, Dimon elogiou o blockchain e as finanças descentralizadas (DeFi) em uma carta aos acionistas do JPMorgan na última segunda-feira, 4.

“Finanças descentralizadas e blockchain são novas tecnologias reais que podem ser implantadas de maneira pública e privada, com permissão ou não”, afirmou Dimon, acrescentando que o JPMorgan está “na vanguarda” dessas inovações.

(Future of Money/Laatus/Divulgação)

O gigante bancário trabalhou em uma série de iniciativas relacionadas ao blockchain nos últimos anos. Desde 2017, o JPMorgan se envolveu com a tecnologia e possui até uma criptomoeda própria, como mencionou o CEO: “Usamos uma rede blockchain chamada Liink para permitir que os bancos compartilhem informações complexas e também usamos um blockchain para mover depósitos em dólares americanos tokenizados com a JPM Coin”.

A JPM Coin é uma stablecoin – criptomoeda estável – lastreada em dólar norte-americano que foi projetada pelo banco para usada por grandes empresas. Já a rede Liink existe desde 2017 e, até o momento, mais de 400 instituições financeiras se inscreveram para participar. O banco ainda conta com uma divisão totalmente dedicada aos criptoativos, a Onyx.

Dimon acrescentou que o JPMorgan acredita na existência de “muitos casos de uso em que um blockchain pode substituir ou melhorar contratos, propriedade de dados, entre outras melhorias”, apesar de ser uma tecnologia “atualmente muito cara ou muito lenta para ser implantada”.

Apesar das iniciativas do banco em direção à tecnologia blockchain e às criptomoedas, o CEO do JPMorgan é amplamente conhecido por suas críticas, principalmente ao bitcoin. O precursor de ambas as inovações financeiras parece não agradar Jamie Dimon, que chegou a “desprezar” o bitcoin em algumas ocasiões. “Pessoalmente, não acho que o bitcoin tem valor”, disse Dimon na reunião anual do Instituto de Finanças Internacionais em outubro de 2021.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:JPMorganBlockchainCriptomoedasCriptoativos

Mais de Future of Money

Bitcoin beira os US$ 100 mil, mas recua: é hora de comprar ou vender?

Solana volta a bater recorde de preço após 3 anos e altas de 877% em 2023 e 155% em 2024

“Você compra bitcoin hoje e é um milionário amanhã”, diz autor de Pai Rico, Pai Pobre

Bitcoin pode cair até 20% após atingir US$ 100 mil, afirma CEO da Galaxy Digital