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CEO do Goldman Sachs elogia bitcoin, mas não vê ameaça para o dólar: "Ativo interessante"

Líder de uma das principais instituições financeiras do mundo elogiou tecnologia blockchain e vê potencial no bitcoin

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 23 de janeiro de 2025 às 17h06.

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David Solomon, CEO do Goldman Sachs, elogiou o bitcoin na última quarta-feira, 22, classificando a criptomoeda como um "ativo interessante" e destacando o potencial da tecnologia blockchain. Ao mesmo tempo, ele não acredita que a moeda digital seja uma ameaça para o dólar.

Solomon falou sobre o tema durante uma entrevista para o canal CNBC. Ele foi questionado sobre a promessa do presidente dos Estados Unidos Donald Trump de criar uma reserva estratégica nacional de bitcoin, e sobre como o projeto impacta a visão do banco sobre a criptomoeda.

O CEO destacou que "nós já tivemos essa conversa [sobre cripto] muitas vezes. A tecnologia por trás [blockchain] é algo que nós já gastamos muito tempo estudando. É algo que nós estamos utilizando e testando para criar menos fricção no sistema financeiro".

Ele classificou a tecnologia blockchain como "super importante" e destacou que, no momento, as leis dos Estados Unidos não permitem que o Goldman Sachs compra ou se envolva com o bitcoin. "Se o mundo mudasse, você e eu estaríamos tendo outra discussão sobre ele".

O comentário do executivo reflete a análise de que a regulação dos Estados Unidos para criptomoedas precisaria mudar para que grandes instituições financeiras se envolvessem mais com esse mercado. Solomon já compartilhou essa opinião em dezembro de 2024.

Mesmo assim, ele deu sua opinião sobre a relação entre o bitcoin e o dólar: "No final das contas, eu acredito muito no dólar. O bitcoin é um ativo especulativo, um ativo especulativo interessante. Eu não acho que tenha muito mais para se questionar sobre isso".

"Eu não acho que o bitcoin seja uma ameaça para o dólar. Alguns podem pensar isso, mas eu não vejo o bitcoin como uma ameaça para o dólar", ressaltou o CEO do Goldman Sachs ao ser questionado sobre a relação entre as duas moedas.

Em outras ocasiões, Solomon afirmou que vê potencial no bitcoin como um ativo de reserva de valor semelhante ao ouro, mas destacou que, no momento, a criptomoeda ainda não concretizou inteiramente esse caso de uso possível, mantendo seu caráter especulativo.

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