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CEO de gestora de US$ 4 trilhões: queda das criptos pode ser oportunidade para dobrar aposta

Abigail Johnson, CEO da Fidelity Investments, falou em evento sobre o atual cenário do mercado cripto e disse que momento pode ser uma oportunidade para os investidores

Abigail Johnson é neta do fundador da Fidelity Investments e comanda a empresa desde 2014 (Bloomberg/Getty Images)

Abigail Johnson é neta do fundador da Fidelity Investments e comanda a empresa desde 2014 (Bloomberg/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 10 de junho de 2022 às 15h21.

Abigail Johnson é a atual CEO da Fidelity Investments, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo, que tem mais de 4 trilhões de dólares em ativos sob sua gestão. A empresa já oferece produtos e serviços relacionados com o mercado de criptomoedas e, nesta semana, a executiva falou sobre o momento que vive o setor, sugerindo que pode ser uma oportunidade para os investidores.

(Mynt/Divulgação)

“Fui criada para ser crítica e contestadora, e por isso tenho essa reação instintiva: se você acredita que os fundamentos de um ativo de longo prazo são realmente fortes mesmo quando todo mundo está pulando fora, é hora de dobrar a aposta e ir com ainda mais força nisso”, disse, em discurso na Consensus, evento sobre criptomoedas e blockchain que acontece em Austin, nos EUA, onde também afirmou que este é o seu terceiro "inverno cripto" e tem visto muitos altos e baixos, mas que considera o momento uma oportunidades.

O interesse de Abigail no mercado cripto data de meados de 2014, quando começou se aprofundar no assunto e a minerar bitcoin. Na sua palestra, ela contou sobre a perplexidade de colegas da Fidelity, em especial do departamento financeiro, quando ela solicitou a compra de 200 mil dólares em equipamentos de mineração.

De lá para cá, a gigante dos investimentos já tentou lançar ETFs de bitcoin nos EUA, ainda sem aprovação da SEC, a CVM dos EUA, e lançou produtos como um veículo para clientes que desejam investir em bitcoin com uma parte de sua aposentadoria. A empresa também lançou, em abril, um ETF que investe em empresas relacionadas ao metaverso e à Web3.

Também nesta semana, foram divulgados relatos que indicam a união da Fidelity com outras gigantes do setor financeiro, como a gestora Schwab e fundos como o Sequoia, para o desenvolvimento de um sistema de geração de liquidez de criptoativos que a joint venture pretende oferecer para corretoras tradicionais, que poderiam assim oferecer negociação de cripto. Rumores também indicam que a Fidelity pretende expandir o seu setor de ativos digitais, o Fidelity Digital Assets, dobrando o número de funcionários, que atualmente gira em torno de 200 pessoas.

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