Brian Armstrong é CEO da corretora cripto Coinbase (Bloomberg/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 11h15.
O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, disse na última teça-feira, 19, que acredita que uma postura rigorosa contra as criptomoedas será estrategicamente ineficaz para políticos dos Estados Unidos que esperam ser eleitos na próxima eleição do país, em 2024.
Armstrong publicou um vídeo nas redes sociais em que o senador dos Estados Unidos Roger Marshall afirma que a Associação de Banqueiros Americanos (ABA) ajudou a elaborar o Ato de Combate à Lavagem de Dinheiro de Ativos Digitais, também conhecido como o projeto de lei negativo para o mercado cripto.
O empresário sugeriu, então, cinco razões pelas quais acredita que “ser contra as criptomoedas é uma estratégia política realmente ruim para 2024". Armstrong destacou que 52 milhões de cidadãos norte-americanos possuem criptomoedas atualmente.
Além disso, comentou que 38% dos jovens acreditam que as criptomoedas podem aumentar as oportunidades econômicas. Outro fato citado por ele é que os preços das criptomoedas subiram 90% desde o início do ano, enquanto apenas 9% dos norte-americanos estão “satisfeitos com o sistema financeiro atual”.
A quinta razão, segundo Armstrong, é que a Aliança Stand With Crypto, uma organização sem fins lucrativos que defende a indústria de criptomoedas para políticos eleitos nos Estados Unidos, está “a caminho” de alcançar um milhão de apoiadores.
Armstrong não forneceu fontes para os dados mencionados, mas a maioria dos números que ele citou estão em um relatório da Coinbase publicado em outubro de 2023. As informações são baseadas em pesquisas realizadas principalmente pela firma de pesquisas Morning Consult entre junho e novembro de 2023.
O Ato de Combate à Lavagem de Dinheiro de Ativos Digitais, introduzido pela primeira vez em dezembro de 2022, visa estabelecer para a tecnologia cripto, como carteiras não custodiais, validadores e redes de mineração, regulamentações bancárias rigorosas nos Estados Unidos.
Em dezembro de 2023, o projeto de lei obteve apoio de mais cinco senadores, três dos quais são membros do Comitê Bancário. Além disso, o Instituto de Política Bancária, um grupo de defesa bancária dos EUA, endossou a legislação proposta pela senadora Elizabeth Warren. Entretanto, ela ainda não foi levada à votação em comitês ou no plenário do Senado.
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