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CEO da Binance aumenta fortuna em R$ 73 bilhões com alta das criptomoedas

Changpeng Zhao foi a sétima pessoa no mundo que mais ganhou dinheiro nos primeiros meses de 2023, segundo a Bloomberg

Changpeng Zhao fundou a corretora de criptomoedas Binance em 2017 (Bloomberg/Getty Images)

Changpeng Zhao fundou a corretora de criptomoedas Binance em 2017 (Bloomberg/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 27 de abril de 2023 às 09h29.

Última atualização em 27 de abril de 2023 às 10h24.

O CEO da corretora de criptomoedas Binance, Changpeng Zhao, foi a sétima pessoa no mundo que mais ganhou dinheiro nos quatro primeiros meses de 2023, de acordo com um levantamento realizado pelo serviço de notícias Bloomberg. Entre janeiro e abril, o executivo viu sua fortuna crescer US$ 14,6 bilhões (R$ 73,46 bilhões, na cotação atual), superando nomes como o dono da Oracle, Larry Ellison, e o bilionário mexicano Carlos Slim.

Com os ganhos, o patrimônio de Zhao subiu para a casa dos US$ 27,2 bilhões. Pela lista da Bloomberg, ele passou a ocupar a 49ª posição entre as pessoas mais ricas do mundo. Esses ganhos, porém, representam uma recuperação parcial das fortes perdas que o bilionário enfrentou ao longo de 2022, durante o chamado "inverno cripto".

A recuperação da fortuna por parte do CEO da maior corretora de criptomoedas do mundo coincide com o próprio movimento de recuperação do setor cripto. Nos quatro primeiros meses de 2023, o bitcoin acumulou uma valorização de mais de 70%, e o ether, de mais de 50%.

Entretanto, o próprio Zhao negou as estimativas da Bloomberg, afirmando no Twitter nesta quinta-feira, 27, que os dados da empresa estariam "completamente errados. Eu não tenho nem perto de tudo isso. Não sei por que eles fazem isso”. O executivo já negou em outras ocasiões as estimativas sobre sua fortuna.

Os ganhos também teriam ocorrido mesmo em meio aos problemas jurídicos que a Binance tem enfrentado. Zhao e sua corretora foram processados em março deste ano pelos reguladores norte-americanos, acusados de terem permitido a negociação de derivativos e violado as leis do país.

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A corretora de criptomoedas chegou a ter um forte movimento de saída de investidores, mas que foi superado. A Binance também enfrenta problemas no Brasil, onde está sendo investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e negocia a assinatura de um termo de compromisso.

O bilionário que mais expandiu a sua fortuna no começo de 2023 foi o francês Bernard Arnault. Atualmente considerado a pessoa mais rica do mundo, o dono das marcas Louis Vuitton e Christian Dior ganhou mais de US$ 46 bilhões neste ano. A segunda posição ficou com o dono da Meta, Mark Zuckerberg, com ganhos de US$ 30 bilhões. Já o dono da Tesla, SpaceX e Twitter, Elon Musk, ficou em terceiro lugar, com ganhos de US$ 25 bilhões.

Novos ricos e mundo cripto

A Bloomberg também divulgou uma lista do que chamou de "novos ricos", um grupo de bilionários que não integrava a sua lista de 300 pessoas mais ricas do mundo até 2013, não herdaram a maior parte das suas fortunas e não possuem mais de 70 anos de idade ou já se aposentaram.

A lista é liderada por Ken Griffin, fundador e CEO da Citadel, um fundo de investimento. Atualmente, o executivo possui uma fortuna avaliada em US$ 35 bilhões. Griffin chegou a criticar as criptomoedas, mas admitiu em 2022 que estava errado sobre o setor e que a Citadel já considera investir no segmento.

Já o segundo lugar ficou com Jeff Yass, fundador da Susquehanna, uma das maiores empresas de negociação de capital, com foco em derivativos. A Bloomberg estima a fortuna do empresário em US$ 33,1 bilhões, o que inclui uma participação na ByteDance, a criadora do TikTok.

Changpeng Zhao aparece na terceira posição. Com 46 anos, a Bloomberg atribui a sua fortuna ao lançamento da Binance, em 2017. Desde então, a corretora de criptomoedas se tornou a maior do mundo e soma mais de 120 milhões de usuários. A Bloomberg estimou a receita anual da exchange em US$ 12 bilhões.

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