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CBDCs são 'cópias caras da moeda fiduciária' e ainda não fazem sucesso, diz ex-executiva da Binance

Após os Estados Unidos rejeitarem a ideia de uma CBDC após a eleição de Trump, ainda resta saber se outros países terão sucesso com seus projetos de moeda digital nacional

 (Reprodução/Reprodução)

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Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 30 de abril de 2025 às 14h00.

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A rejeição dos Estados Unidos a uma moeda digital de banco central (CBDC) não impediu o avanço dos projetos de CBDCs no mundo, mas seu sucesso ainda é questionável, segundo uma ex-executiva da Binance.

Os projetos globais de CBDCs não fracassaram, mas também não se tornaram o que se esperava deles, afirmou Olga Goncharova, CEO da consultoria Rizz Go e ex-diretora de relações governamentais na Comunidade dos Estados Independentes pela Binance.

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“As CBDCs foram concebidas como um avanço tecnológico, mas até agora parecem imitações caras das moedas fiduciárias tradicionais que cidadãos e empresas já utilizam por meio de serviços bancários online e aplicativos de pagamento”, disse Goncharova ao Cointelegraph durante o Blockchain Forum em Moscou.

Embora algumas ideias semelhantes às CBDCs remontem aos anos 1990, as iniciativas modernas ainda não ofereceram aos usuários um valor agregado real em comparação aos canais tradicionais de pagamento, afirmou ela.

Líderes em CBDCs, como a China, enfrentam dificuldades de adoção

“Hoje está claro que as expectativas em torno das CBDCs foram superestimadas”, declarou Goncharova, acrescentando que nenhuma jurisdição no mundo conseguiu alcançar a adoção em massa das CBDCs para o varejo.

“Mesmo na China, onde o projeto do yuan digital avançou por mais tempo e de forma mais ativa do que em outros lugares, sua participação no sistema de pagamentos continua mínima”, acrescentou, referindo-se a vários relatos online que indicam que a CBDC chinesa enfrenta dificuldades diante da adoção lenta.

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Com as pesquisas iniciais sobre CBDC começando em 2014, a moeda digital da China é considerada um dos maiores projetos de CBDC do mundo, oferecendo uma versão eletrônica do yuan chinês voltada para transações online e offline.

O governo chinês tem promovido ativamente o uso do yuan digital. Ainda assim, alguns relatórios declararam o projeto digital da China como um fracasso no final de 2024, fazendo referência à queda de Yao Qian, o primeiro diretor de desenvolvimento da CBDC no banco central da China. No fim do ano passado, ele foi supostamente expulso do cargo público pelo governo.

UE aposta no euro digital em nome da autonomia

Cada país tem seus próprios motivos para buscar uma CBDC, continuou Goncharova, observando que a União Europeia tem promovido o projeto do euro digital para proteger sua autonomia financeira.

“Na UE, o euro digital é visto mais como um instrumento de autonomia estratégica do que como uma resposta à demanda de mercado”, afirmou, acrescentando que o objetivo é reduzir a dependência de gigantes dos pagamentos como Visa e Mastercard.

No entanto, os esforços para criar um sistema de pagamentos pan-europeu enfrentaram desafios sérios, como preocupações dos bancos com participação de mercado e dificuldades de adoção.

“O Banco Central Europeu ainda não decidiu se o euro digital funcionará em uma blockchain, pois não vê casos convincentes para programabilidade e aponta riscos tecnológicos”, afirmou Goncharova.

Rússia adia rublo digital

A Rússia se destacou como uma das jurisdições mais ativas na corrida global das CBDCs, mas ainda não lançou oficialmente sua moeda digital, que está em fase de testes desde o início de 2022.

Após diversos adiamentos, o rublo digital pode ser postergado novamente, já que a presidente do Banco da Rússia, Elvira Nabiullina, anunciou em fevereiro que a adoção em massa da moeda digital ocorrerá mais tarde do que o planejado.

Ao mesmo tempo, o Ministro das Finanças Anton Siluanov afirmou recentemente que o lançamento do rublo digital para bancos comerciais está previsto para o segundo semestre de 2025.

“Na Rússia, não há uma necessidade urgente de reduzir a dependência de sistemas de pagamento estrangeiros como ocorre na União Europeia”, disse Goncharova ao Cointelegraph, acrescentando:

“O rublo digital é visto mais como uma ferramenta para aumentar a eficiência dos pagamentos internos. O projeto ainda está na fase de testes. Seu desenvolvimento futuro dependerá de quão claramente as metas forem definidas e se há sentido prático para os usuários e para a economia.”

Enquanto a Rússia adia o rublo digital, alguns autoridades começaram recentemente a pedir ao governo que crie stablecoins atreladas ao rublo, em sintonia com o movimento dos Estados Unidos em direção às stablecoins.

Embora várias stablecoins lastreadas em rublo já tenham sido lançadas, ainda não está claro se essas iniciativas conseguirão competir com gigantes como o USDT, da Tether.

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