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Megainvestidora de Wall Street diz que bitcoin "vai absorver parte do mercado do ouro"

Cathie Wood avalia que lançamento de ETFs de bitcoin reforçam potencial da criptomoeda de se tornar uma nova reserva de valor

Cathie Wood é conhecida no mercado por investir em tecnologias emergentes (Alex Flynn/Bloomberg/Getty Images)

Cathie Wood é conhecida no mercado por investir em tecnologias emergentes (Alex Flynn/Bloomberg/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 23 de janeiro de 2024 às 16h02.

Cathie Wood, uma megainvestidora de Wall Street e CEO da gestora Ark Invest, reforçou nesta semana sua visão de que o bitcoin vai se tornar uma reserva de valor consolidada no mercado. A executiva avalia que o lançamento de ETFs da criptomoeda deverá impulsionar esse movimento, permitindo que o ative absorva parte da fatia de mercado do ouro.

Wood falou sobre o tema durante uma entrevista para o site de notícias InfoMoney. A investidora ressaltou que o ouro já possui um mercado de "trilhões de dólares" e acredita que o bitcoin "absorverá uma boa parte" do segmento. Por causa disso, ela afirma que a criptomoeda pode chegar a valer US$ 1 milhão até 2030, uma projeção compartilhada em outras ocasiões pela Ark Invest.

Na visão da executiva, um dos maiores potenciais de adoção da criptomoeda está nos mercados emergentes. Ela acredita que "a maioria dos mercados emergentes vai usar algo como o bitcoin como uma espécie de apólice de seguro", o que deve resultar em novos fluxos de entrada de capital no ativo ao longo dos próximos anos.

Para Wood, esse cenário resultaria em uma intensificação da demanda pelo ativo, o que tende a valorizar o seu preço devido à escassez da moeda digital, com uma quantidade máxima que pode existir no mercado. "Então, o impacto da escassez à medida que as instituições entram [no mercado] vai aumentar o preço – e achamos que de forma bastante dramática", afirmou.

“As instituições sabem que, se surgir uma nova classe de ativos, a correlação de retorno com outras classes de ativos será baixa. Isso significa que o retorno por unidade de risco quando você incorpora o bitcoin nos portfólios vai aumentar – e os investidores institucionais sabem que não podem perder esse tipo de oportunidade”, destacou a gestora.

Futuro do preço do bitcoin

A CEO da Ark Invest acredita que uma adoção mais ampla da criptomoeda e sua valorização já seria possível com as instituições alocando entre 2% a 5% do seu patrimônio disponível para alocação de ativos, o que deve ser facilitado pelo lançamento de ETFs do ativo, que foram aprovados pela SEC em 10 de janeiro e lançados no dia seguinte.

Em 12 de janeiro, Wood explicou que a Ark Invest trabalha com três cenários possíveis para o preço do bitcoin até 2030. No mais pessimista, ela valeria US$ 2558, mil. Em um cenário base, chegaria a US$ 682,8 mil. E, no cenário mais otimista, atingiria a casa dos US$ 1,5 milhão. Para Wood, o terceiro cenário é o mais provável no momento.

Já o banco britânico Standard Chartered divulgou um relatório recentemente em que afirma que o bitcoin poderá atingir a casa dos US$ 200 mil até o fim de 2025, levando em conta os ganhos que o ouro teve após o lançamento dos seus ETFs no início dos anos 2000.

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