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Casais escondem seus criptoativos em divórcios, diz investigador

De acordo com Paul Sibenik, investigador de blockchain, o número de casos de divórcio que envolvem criptoativos escondidos dos cônjuges continua crescendo

 (simarik/Getty Images)

(simarik/Getty Images)

Com o princípio da descentralização, os criptoativos se tornam um modo fácil de esconder ativos até mesmo do seu cônjuge, em especial em casos de divórcio. Um especialista em blockchain revelou que durante o processo de separação, homens e mulheres costumam esconder a posse de criptoativos.

“Criptomoedas já são uma ferramenta eficiente para esconder fundos”, disse o investigador Paul Sibenik. “E isso as faz a companhia perfeita para cônjuges astutos em um divórcio”, completou, em entrevista à Insider.

Segundo Sibenik, que é o gerente de casos principal na agência de investigações de blockchain CipherBlade, “a quantidade de casos de divórcio envolvendo cripto aumentou significativamente”. Em 2019, quando a empresa foi fundada, esse tipo de caso era pouco comum. Hoje, conta ele, é responsável por quase 15% de seu trabalho.

(Mynt/Divulgação)

“Fui a primeira pessoa, ou talvez uma das primeiras, que entendeu o potencial que as criptomoedas tinham”, contou o investigador. “Acho que eu estava certo, porque dado o número de casos que temos, parece ser algo cada vez mais comum”. De acordo com ele, diversos casos investigados por ele lidaram com até US$ 10 milhões em cripto, que não constam em demonstrativos financeiros bancários.

Com a inevitável regulação dos ativos digitais, está sendo cada vez mais fácil para órgãos reguladores rastrearem moedas e ativos digitais, que têm todas as suas transações registradas no blockchain, cujas informações são públicas e rastreáveis. Cônjuges envolvidos em divórcios muitas vezes alegam não saber que tinham que declarar seus investimentos em cripto, ou negam até que a evidência seja apresentada.

Até mesmo os NFTs, uma das classes de ativos mais recentes a surgir no universo cripto, estão causando dificuldades para a lei em casos de separação. No entanto, alerta Sibenik, é mais difícil precificar um token não fungível do que uma criptomoeda. “Não é que não podem ser avaliados, é que seu valor não é tão claro, enquanto com o bitcoin por exemplo, o valor é bem claro”, disse ele. “Com os NFTs, você tem que olhar por quanto ativos comparáveis foram vendidos, ou por quanto foi negociado no passado para tentar avaliá-lo”, finalizou.

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