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Cameron Winklevoss critica CEO de conglomerado cripto e faz proposta para encerrar disputa

Gêmeos Winklevoss, responsáveis pela Gemini, acusam Barry Silbert de se recusar a ressarcir perdas de clientes da empresa após quebra da Genesis

Gêmeos Winklevoss possuem cargos de CEO e presidente da Gemini (Kathryn Page / Colaborador/Getty Images)

Gêmeos Winklevoss possuem cargos de CEO e presidente da Gemini (Kathryn Page / Colaborador/Getty Images)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 4 de julho de 2023 às 11h50.

Cameron Winklevoss, fundador e CEO da corretora de criptomoedas Gemini, está novamente ameaçando processar o conglomerado Digital Currency Group (DCG) e seu CEO, Barry Silbert, por causa do impasse em torno dos fundos devidos à Gemini pela empresa falida Genesis, que faz parte do grupo. Winklevoss ainda criticou o CEO do DCG por supostamente tentar se fazer de vítima.

Em uma nova "carta aberta a Barry Silbert", divulgada nesta terça-feira, 4, Winklevoss alegou que o DCG havia se engajado em uma "atitude fraudulenta" por meio de uma "cultura de mentiras e enganos" – às custas dos 232 mil usuários do Gemini Earn. Entre as acusações contidas na carta, está a de que Silbert atrasou intencionalmente a resolução do problema por meio de "abuso" no processo de mediação.

A carta afirma que "a mediação deu à DCG uma tolerância indefinida para honrar os US$ 630 milhões que ela deve à Genesis - de graça". Winklevoss disse que ficou "perturbado" com a alegação de Silbert de que ela seria uma "vítima" da falência da Genesis, uma empresa que realizava empréstimos com criptomoedas e foi afetada pela quebra da FTX.

"É preciso ser um tipo especial de pessoa para dever US$ 3,3 bilhões a centenas de milhares de pessoas e acreditar, ou pelo menos fingir acreditar, que é algum tipo de vítima", disse Winklevoss, acrescentando que "nem mesmo Sam Bankman-Fried foi capaz de tal delírio". Bankman-Fried é o fundador e ex-CEO da FTX. Atualmente, ele enfrenta um processo nos Estados Unidos.

Parte do Digital Currency Group, a Genesis foi integrada no programa Earn da Gemini, que prometia retornos de até 8% em criptomoedas aos usuários de forma passiva, apenas com o depósito na corretora. Os ativos eram enviados para a Genesis, que os usava em operações que resultavam nos rendimentos prometidos.

No entanto, em 16 de novembro de 2022, a Genesis anunciou que suspenderia temporariamente os saques por clientes, sob a justificativa de que havia uma "turbulência sem precedentes no mercado". Posteriormente, a empresa entrou com pedido de falência em 19 de janeiro de 2023. Atualmente, a Gemini busca recuperar sua parte dos bilhões devidos pela Genesis aos seus credores.

Proposta de acordo

No entanto, depois do que Winklevoss descreveu como "vários atrasos", ele parece ter perdido a paciência. "Escrevo para informá-lo de que seus jogos acabaram", disse o executivo, explicando que os honorários agora "aumentaram" para mais de US$ 100 milhões às custas dos créditos e dos usuários do Earn. "Já é o bastante", disse.

Winklevoss deu um ultimato a Silbert: ou ele "aceita a melhor e definitiva oferta" da Gemini até o dia 6 de julho ou será alvo de uma ação judicial no dia 7 de julho. A oferta prevê que o DCG faça um pagamento de US$ 275 milhões até 21 de julho, um adicional de US$ 355 milhões antes de 21 de julho de 2025 e um pagamento final de US$ 835 milhões até 21 de julho de 2028.

Com isso, o DCG teria cinco anos para quitar a dívida a partir da data do acordo proposto pelos gêmeos Winklevoss. O pagamento total chegaria a US$ 1,47 bilhão, e Cameron Winklevossquer que os pagamentos sejam feitos em bitcoin, ether e dólar, com fundos provenientes da Genesis Global Trading, pagamentos potenciais da massa falida da FTX e da Alameda Research e os tokens avalanche e near, que podem ser reivindicados no processo de falência da Three Arrows Capital.

O Cointelegraph entrou em contato com o DCG para comentar a carta, mas não recebeu uma resposta até o momento.

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