Real Digital será lançado no Brasil em 2024 (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 15 de maio de 2023 às 12h16.
As inscrições para testar projetos com o Real Digital se encerraram na última sexta-feira, 12. O Banco Central agora terá uma árdua tarefa para selecionar as instituições financeiras que irão preencher as dez vagas liberadas pela autarquia. Alguns dos principais nomes do setor financeiro, como BTG, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco estão na competição por uma oportunidade de testar a moeda digital brasileira, com lançamento oficial previsto para 2024.
A proposta do Banco Central para os testes, que devem começar neste mês de maio, é que o mercado teste a nova tecnologia nos segmentos de atacado, varejo e negociação de títulos do Tesouro Nacional com “diversidade de visões e opiniões”. O número de vagas poderá ser ampliado se necessário, apesar do BC ter estipulado dez vagas por razões de limitação técnica.
A seleção de quem irá preencher tais vagas será feita a partir de critérios como capacidade técnica e experiência. A intenção é selecionar as propostas que apliquem a tecnologia blockchain e ativos digitais de forma que possa agregar ao projeto do Real Digital.
Para as instituições, a vantagem de participar dos testes do Real Digital é angariar a oportunidade de estar bem posicionado competitivamente em um movimento importante para a digitalização financeira no Brasil.
Grandes bancos como BTG Pactual, Banco do Brasil, BV, Itaú e Bradesco submeteram propostas na última sexta-feira, 12. O BTG Pactual já possui sua própria plataforma de negociação de criptoativos, além de experiência em tokenização.
No entanto, outros nomes surpreenderam, como Caixa, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Banco de Brasília, que até o momento não haviam demonstrado interesse em criptoativos ou tecnologia blockchain.
A Caixa lidera um consórcio com a bandeira de cartões Elo e a Microsoft. Outros projetos também se uniram a outras empresas do setor para submeter suas propostas.
A TecBan, dos caixas eletrônicos 24Horas, será a parceira do Banco da Amazônia para desenvolver uma aplicação de transações financeiras do varejo que busca trazer conveniência e segurança para os usuários.
Já a Visa será a parceira do Bradesco para testar o Real Digital no varejo, atacado e na negociação de títulos do Tesouro Nacional.
Quem se beneficiou da possibilidade de colaborar com outras empresas do setor foi a corretora cripto Mercado Bitcoin. Isso porque o Banco Central exigiu a presença de pelo menos uma instituição regulada e com acesso aos seus sistemas. Dessa forma, o Mercado Bitcoin se inscreveu através de um consórcio com outras três empresas da área de infraestrutura de mercado financeiro tradicional.
Além disso, o Capitual, antigo parceiro comercial da Binance, está no consórcio formado pelo Banco de Brasília e a gestora italiana Azimut. A proposta deles é desenvolver e executar testes com títulos públicos tokenizados.
A Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que representa as instituições financeiras de menor porte, também se inscreveu através de um consórcio liderado por uma instituição financeira não divulgada até o momento.
Sicoob e Sicredi formam uma coalizão de cooperativas com a proposta de testar a tecnologia nas cooperativas de crédito com o público de varejo dos cooperados.
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