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Brasileiros têm R$276 bilhões em cripto, o triplo de ações dos EUA, diz BC

Total em ações de empresas dos EUA é de R$ 88 bilhões, segundo Banco Central; apenas em agosto, brasileiros compraram quase R$ 3 bilhões em criptoativos

Maio teria sido o mês com maior volume de compra em 2021 (Denes Farkas/Thinkstock)

Maio teria sido o mês com maior volume de compra em 2021 (Denes Farkas/Thinkstock)

Coindesk

Coindesk

Publicado em 18 de outubro de 2021 às 19h19.

Investidores brasileiros compraram 2,7 bilhões de reais em criptomoedas apenas no último mês de agosto, e o total para o ano de 2021 – que ainda não chegou ao fim – é de 23,3 bilhões de reais, segundo anúncio do Banco Central na última sexta-feira, 15.

De acordo com o BC, o mês de maio representou o pico de compra de criptomoedas por parte dos brasileiros, com um volume de 4,1 bilhões de reais. Desde então, esse número vem caindo, com 3,8 bilhões em junho, e 3,2 bilhões em julho, mas ainda permanece maior do que nos meses de fevereiro e março.

Fazendo uma estimativa, o total de ativos digitais em posse dos brasileiros pode somar até 276 bilhões de reais, em comparação com os 88 bilhões em ações norte-americanas, afirmou o diretor de políticas monetárias do BC, Bruno Serra, na última sexta-feira, 15.

Em agosto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que os brasileiros detinham aproximadamente 220 bilhões de reais em criptomoedas.

“É um negócio muito grande, e chama a atenção de reguladores em todo o mundo, não apenas no Brasil”, afirmou Roberto Campos Neto.

De acordo com Serra, o BC tem um “mercado cambial muito controlado”, que está ciente de todas as transações relacionadas às criptomoedas. “Nós temos contratos cambiais para todas as transações, e conseguimos mapear 100% delas”, afirmou.

Desde agosto, a transferência de criptomoedas entre residentes e não residentes do Brasil começou a ser divulgada pelo Banco Central na conta de bens do balanço de pagamentos. As criptomoedas são consideradas bens, ou seja, ativo não financeiro e produzido, seguindo as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com Serra, o investimento em criptoativos é uma forma de buscar por diversificação. “Eu penso que essa dinâmica de diversificação offshore é uma dinâmica que pode ter vindo para ficar. Muitos canais de diversificação foram abertos. A regulação cambial está se tornando mais branda nesse sentido; é algo que precisamos considerar”, afirmou.

“É um fluxo de uma mão só. Pelo custo da energia, o Brasil não produz criptoativos, é apenas importador”.

Texto traduzido por Mariana Maria Silva e republicado com autorização da Coindesk

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