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Bolsa de Chicago cresce no mercado de futuros de cripto e ameaça liderança da Binance

Interesse institucional maior no bitcoin fez com que maior bolsa de derivativos assumisse a segunda posição no segmento de futuros de cripto

Bitcoin valorizou mais de 100% em 2023 (Tim Boyle/Bloomberg)

Bitcoin valorizou mais de 100% em 2023 (Tim Boyle/Bloomberg)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 30 de outubro de 2023 às 14h02.

Última atualização em 30 de outubro de 2023 às 14h10.

A Chicago Mercantile Exchange (CME), também conhecida como bolsa de Chicago, tem ganhado cada vez mais espaço no mercado de derivativos de criptomoedas. E dados referentes à ultima semana mostram que essa bolsa passou a ocupar a segunda posição no mercado de futuros de cripto, ameaçando a liderança da Binance no segmento.

Dados reunidos pela plataforma Coinglass apontam que o total de contratos de derivativos em aberto, incluindo opções e preços futuros, de bitcoin negociados na bolsa de Chicago atingiu a marca de US$ 3,54 bilhões na última semana, o segundo maior nível do mercado.

Com isso, a CME perde no momento apenas para a Binance, que possui um total de contratos avaliado em US$ 3,83 bilhões. Entretanto, a diferença entre as duas corretoras têm caído nos últimos meses, indicando que, em breve, a liderança desse segmento pode mudar.

Outro recorde que simboliza esse crescimento também foi atingido na semana passada: a CME registrou pela primeira vez um total de 100 mil bitcoins negociados em contratos de preços futuros. Com isso, a fatia da bolsa no mercado total do ativo cresceu para a marca inédita de 25%.

No momento, a CME possui autorização para oferecer apenas produtos de derivativos de bitcoin e ether, as duas maiores criptomoedas do mercado. Os valores dos contratos variam dependendo do ativo, com valores mínimos de investimento chegando a um décimo de 1 bitcoin ou 1 décimo de 1 ether até as máximas de 5 bitcoins e 50 ethers.

Interesse institucional no bitcoin

Para alguns especialistas, os recordes registrados na bolsa de Chicago indicam um interesse crescente por parte de investidores institucionais nas criptomoedas. Somado a uma euforia maior entre investidores de varejo, isso resulta em um fluxo de capital mais significativo para o mercado de derivativos.

Os recordes ocorreram na mesma semana em que o bitcoin atingiu o maior valor de 2023, superando a marca dos US$ 35 mil e obtendo uma valorização acumulada no ano de mais de 100%. A alta reflete notícias positivas referentes ao lançamento de ETFs de preço à vista da criptomoeda.

Por outro lado, o analista André Dragosch, da Deutsche Digital Assets, acredita que a expansão da fatia de mercado da CME reflete, na verdade, uma insegurança por parte dos investidores em relação a exchanges internacionais, em especial devido à postura mais dura dos reguladores americanos.

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