UNITED STATES - APRIL 19: A pedestrian walks outside a Bank of America branch in New York, Thursday, April 19, 2007. Bank of America Corp., the second-largest U.S. bank, said first-quarter earnings climbed 5.4 percent, the slowest growth in a year, as gains from equity investments and bond underwriting were damped by rising costs to hold customer deposits. (Photo by Daniel Acker/Bloomberg via Getty Images) (Daniel Acker/Bloomberg/Getty Images)
Coindesk
Publicado em 5 de outubro de 2021 às 17h56.
Última atualização em 6 de outubro de 2021 às 10h19.
O Bank of America lançou sua cobertura de ativos digitais três meses após contratar um time especializado no assunto. Nos destaques, o banco incluiu uma série de companhias, citando empresas especializadas em meios de pagamento, bancos e gigantes da mídia.
O valor de mercado de 2 trilhões de dólares de todas as criptomoedas juntas fez com que o setor se tornasse “muito grande para ser ignorado”, disse um grupo de analistas liderado por Alkesh Shah, em um breve resumo sobre o primeiro relatório do BofA focado na cobertura do setor. O resumo também afirmou que o ecossistema dos criptoativos já possuí mais de 200 milhões de usuários.
“Nós acreditamos que ativos digitais baseados em criptografia possam formar uma classe de ativos completamente nova”, afirmaram os analistas, adicionando:
“O bitcoin é importante, com seu valor de mercado em aproximadamente 900 bilhões de dólares, mas o ecossistema dos ativos digitais é muito mais do que isso: tokens que atuam como sistemas operacionais, aplicativos descentralizados (dApps) sem intermediários, stablecoins vinculadas à moedas fiduciárias, moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) para substituir as atuais moedas nacionais, e tokens não-fungíveis (NFTs) permitindo conexões entre criadores de conteúdo e seus fãs”.
O Bank of America ressalta que investimentos de Venture Capital em ativos digitais e na tecnologia blockchain ultrapassaram os 17 bilhões de dólares na primeira metade de 2021, fazendo com que os 5,5 bilhões de dólares do mesmo período no ano passado parecessem "pequenos", o que destaca o rápido crescimento deste mercado.
“Isso cria uma nova geração de companhias para a oferta e negociação de ativos digitais, e novos aplicativos em diversas indústrias, incluindo a economia, supply chain, jogos e mídias sociais. E ainda assim nós estamos apenas no começo”, escreveram os analistas.
Os analistas enxergam a incerteza regulatória como o único risco aos ativos digitais no curto prazo.
O BofA listou uma série de ações que já recebem a cobertura dos relatórios do banco, que possuem uma classificação neutra ou de compra de acordo com os indicadores do banco e, que têm exposição aos ativos digitais. PayPal (PYPL) e Coinbase (COIN) figuram o topo da lista, seguidos por Signature Bank, JPMorgan, Morgan Stanley e SVB Financial.
As empresas Black Hills (BKH), Exelon, NRG, Public Services Enterprise Group e Vistra compõem a lista de exposição à atividade de mineração de criptomoedas. Os analistas dizem que a Black Hills é a empresa de serviços com “a estratégia mais avançada em relação à regulação de ativos digitais, fato que pode potencializar os lucros”.
O Bank of America destaca a FOX como a primeira entre as gigantes da mídia a ingressar no mundo dos NFTs com seu fundo de 100 milhões de dólares, o Blockchain Creative Labs. Disney, iHeartMedia e Warner Music também foram incluídos por conta de seus projetos atuais e futuros sobre NFTs.
A empresa química Archer-Daniels-Midland (ADM) entrou para a lista por utilizar a tecnologia blockchain para processar transações no ramo da agricultura em todo o mundo.
A DraftKings (DKNG) foi o único nome do mundo dos games, por conta de sua parceria com o Autograph, marketplace de NFTs de Tom Brady.
Digital Reality Trust (DLR) e Equinix (EQIX) representam data centers que o Bank of America considera bem posicionados para “capitalizar em cima da migração da mineração de ativos digitais, que sai da China para a América do Norte”.
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