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Blockchain e tokenização podem liberar US$ 4,6 trilhões em mercados emergentes, diz Valor Capital

Estudo em parceria com a Credit Saison destaca o aumento da adoção de blockchain no Brasil e em Singapura, à medida que bancos centrais adotam moedas digitais

 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)

(Andriy Onufriyenko/Getty Images)

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 30 de abril de 2025 às 15h36.

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Para a Valor Capital e a Credit Saison, a América Latina e o Sudeste Asiático, que combinam uma população de mais de um bilhão de pessoas, estão na vanguarda da transição de sistemas financeiros tradicionais para economias impulsionadas por blockchain. Já as tecnologias de blockchain e tokenização podem liberar US$ 4,6 trilhões nas regiões, que foram destaque no estudo “Inspiring Growth Frontiers”, divulgado recentemente no WebSummit Rio 2025.

Brasil e Singapura à frente de grandes economias

Enquanto o Brasil se destaca pelo Pix, responsável por 16,5% das transações financeiras e ajudou a impulsionar a digitalização financeira no país que tem o Drex como seu próximo passo, Singapura se destaca como um polo de inovação e blockchain, com 55% da população considerando criptomoedas um método de pagamento viável, diz o estudo.

Além disso, América Latina (LatAm) e Sudeste Asiático (SEA) já adotaram a tecnologia blockchain em escala enquanto grandes economias ainda testam soluções. O estudo aponta que ambas as regiões estão entre as líderes globais em adoção de criptomoedas, com 19,8% em LatAm e 27,3% em SEA.

Blockchain e tokenização como motores de inovação

A adoção da tecnologia blockchain possui um próximo passo: a tokenização. Mencionada como uma das razões para um potencial de US$ 4,6 trilhões nas regiões destacadas no estudo, aliada a tecnologia blockchain, a tokenização pode transformar a infraestrutura do mercado financeiro.

“Pagamentos internacionais, que tradicionalmente levam de três a cinco dias para serem liquidados, agora podem ser concluídos em segundos com o blockchain, eliminando custos intermediários. Além disso, a tokenização de ativos está criando um mercado de US$ 1,4 trilhão, tornando ativos do mundo real, como imóveis e commodities, mais líquidos e acessíveis”, afirma Bruno Batavia, Diretor de Tecnologias Emergentes do Valor Capital Group.

Segundo Batavia, a implementação de Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs) está sendo explorada por 98% do PIB global, com a América Latina e o Sudeste Asiático liderando a aplicação prática no mundo real.

Oportunidades de investimento

O estudo “Inspiring Growth Frontiers” ainda destaca oportunidades significativas para investidores, fintechs e instituições financeiras que possam estar interessados no crescimento da tecnologia blockchain em países emergentes, apontando que ao reduzir o custo das remessas internacionais — atualmente o dobro da meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU — e aumentar o acesso financeiro para populações sem acesso a serviços bancários, o blockchain está emergindo não apenas como um ativo especulativo, mas como um motor fundamental da modernização econômica.

“Com LATAM e SEA desempenhando papéis estratégicos no comércio global, o próximo passo na adoção do blockchain se concentra na tokenização de commodities. A Indonésia, maior exportadora mundial de óleo de palma e carvão, já utiliza blockchain em mercados de créditos de carbono por meio da iniciativa IDXCarbon. O mercado de tokenização de ativos do país deve atingir US$ 88 bilhões até 2030, com uma economia estimada de US$ 300 milhões em eficiência operacional", disse Qin En Looi, Partner da Saison Capital, braço de capital de risco do Credit Saison.

Fundada em 1951, a Credit Saison Co. Ltd. é uma das maiores instituições financeiras não bancárias do Japão, com mais de 70 anos de história e listada na Bolsa de Valores de Tóquio. A empresa evoluiu de uma emissora de cartões de crédito para uma prestadora de serviços financeiros diversificados em pagamentos, leasing, finanças, imobiliário e entretenimento.

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