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Bitcoin volta a ser negociado acima de US$ 50.000 após mais de três meses

Criptomoeda chega ao seu maior valor desde 15 de maio e especialistas mostram otimismo sobre continuidade do movimento de alta, que chega a 50% no mês

Bitcoin volta à faixa dos US$ 50 mil pela primeira vez desde maio (Chesnot / Colaborador/Getty Images)

Bitcoin volta à faixa dos US$ 50 mil pela primeira vez desde maio (Chesnot / Colaborador/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 23 de agosto de 2021 às 10h33.

Última atualização em 23 de agosto de 2021 às 17h33.

O bitcoin voltou a ser negociado acima de 50 mil dólares nesta segunda-feira, 23, pela primeira vez em mais de três meses. Com alta de 2,5%, a maior criptomoeda do mundo opera em alta de 2,5% em relação às últimas 24 horas, cotado a 50.200 dólares, o maior valor desde 15 de maio. A maior criptomoeda do mundo já chega a 72% de valorização no ano.

"Não é a primeira vez que cruzamos esta marca lendária, mas dado os avanços da indústria nos últimos tempos, 50 mil dólares certamente parece justificável desta vez", disse Mati Greenspan, CEO da Quantum Economics.

O volume diário de negociações permanece relativamente estável e continua diminuindo em relação aos dias anteriores, embora a ação do preço permaneça acima de um indicador-chave usado para medir o ímpeto de uma determinada tendência. “O mercado continua pairando sobre a média móvel de 200 dias com os compradores ainda em jogo”, disse Toby Chapple, chefe de negociação da empresa de ativos digitais Zerocap.

A última vez que o bitcoin foi negociado a 50 mil dólares, o movimento era de baixa, depois de que a criptomoeda atingiu seu recorde de 64 mil dólares e começou a cair com notícias relacionados ao suposto impacto ambiental causado pelo consumo energético da rede - que levou Elon Musk a voltar atrás na decisão de permitir que a Tesla aceitasse a criptomoeda como pagamento - e o aumento da pressão regulatória na China contra empresas do setor de criptoativos, como exchanges e mineradoras.

Desta vez, entretanto, o aumento no fluxo comprador fez com que a principal criptomoeda do mundo acumulasse alta de pouco mais de 50% em apenas 30 dias - subindo de cerca de 32 mil dólares para os atuais 50 mil.

O movimento se deve à uma série de fatores, que vão desde continuidade da acumulação do ativo por grandes investidores, ao aumento no fluxo de compras por investidores de varejo, ao sucesso parcial do processo de migração dos mineradores que saíram da China e se estabeleceram em outras regiões e ao aumento da confiança dos investidores - o próprio Elon Musk voltou a adotar tom otimista sobre o ativo digital. O anúncio da abertura dos serviços com criptoativos para clientes do PayPal no Reino Unido também favorece o otimismo do mercado.

Especialistas em criptoativos mostram otimismo com o futuro da criptomoeda. Para o popular trader conhecido como Rek Capital, o movimento de alta do bitcoin ainda está na metade: "Progresso atual do 'bull market' do bitcoin: 50%", publicou no Twitter.

Para especialistas da Wise&Trust, fintech de gestão de investimentos em ativos digitais, a criptomoeda ainda pode buscar um novo recorde de preço em 2021, citando que, até o final deste ano, o preço do bitcoin deve bater na casa dos 70 mil dólares, otimismo que, segundo eles, não deve diminuir nem mesmo ante o plano bipartidário nos Estados Unidos para ampliar o escrutínio e apertar a regulação sobre criptomoedas.

Outras criptomoedas no top 20 por capitalização de mercado também se recuperaram com o movimento do bitcoin, com cardano, litecoin e uniswap, registrando os maiores ganhos, entre 2% e 12%.

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