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Bitcoin se aproxima dos US$ 90 mil em nova alta histórica

Euforia do mercado se dá pelas promessas do presidente eleito de colocar o país no centro dessa indústria

Bitcoin mais que dobrou de valor neste ano (Budrul Chukrut/SOPA Images/Getty Images)

Bitcoin mais que dobrou de valor neste ano (Budrul Chukrut/SOPA Images/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 12 de novembro de 2024 às 06h43.

O rali recorde do bitcoin levou o ativo digital a ultrapassar US$ 89.000 e elevou o valor geral do mercado de criptomoedas acima do recorde da era da pandemia, com os traders apostando em um boom do mercado com o presidente eleito Donald Trump.

O token já saltou 32% desde a eleição dos EUA em 5 de novembro e atingiu uma máxima histórica de US$ 89.599 nesta terça-feira na Ásia, segundo a Bloomberg. No mercado norte-americano a cripto estava sendo cotada a US$ 89.117 às 6h07 de Brasília, alta de mais de 9%.

Esse movimento de rápida valorização se deve à promessa de Trump de colocar o país no centro da indústria dos ativos digitais - uma postura diferente da administração Biden, que endureceu normas para o setor depois de diversas fraudes registradas nos últimos anos, sobretudo a corretora FTX.

Apenas esse gesto de Trump ao longo da campanha, de passar uma mensagem de apoio às criptos, fez com o que o valor de ativos digitais saltasse para US$ 3,1 trilhões, segundo dados da CoinGecko.

Investidores já estão apostando que o bitcoin passará de US$ 100.000 até o final do ano, de acordo com dados da bolsa Deribit. Enquanto isso, a empresa de software MicroStrategy — a maior detentora de bitcoin de capital aberto fora do setor de fundos negociados em bolsa — comprou cerca de 27.200 bitcoins por cerca de US$ 2 bilhões entre 31 de outubro e 10 de novembro.

Os traders, por enquanto, estão prestando pouca atenção a questões como a rapidez com que Trump implementará sua agenda. O clima mesmo é de euforia, segundo a Bloomberg.

Neste ano, o bitcoin se valorizou em mais de 110%, ajudado pela demanda robusta por ETFs e cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve.

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