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Bitcoin recupera US$ 20 mil e criptomoedas voltam a subir após queda histórica da libra esterlina

Bitcoin se destaca por resiliência e pode ter recuperado percepção de investidores como um ativo de proteção contra a inflação

Após quedas significativas, criptomoedas dão sinal de recuperação (Justin Tallis/Getty Images)

Após quedas significativas, criptomoedas dão sinal de recuperação (Justin Tallis/Getty Images)

Nesta terça-feira, 27, o mercado de criptomoedas dá sinais de recuperação e alívio a investidores. Movimentando US$ 87 bilhões nas últimas 24 horas, seu valor de mercado volta ao patamar de US$ 1 trilhão, segundo dados do CoinGecko. O bitcoin, principal criptomoeda, recupera uma importante faixa de preço de US$ 20 mil depois da queda de moedas fiduciárias como a libra esterlina, euro e iene.

Cotado a US$ 20.282, o bitcoin sobe 5,6% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinGecko. A maior criptomoeda do mundo chegou a ser cotada na faixa dos US$ 18 mil durante a última semana. Nos últimos 7 dias, o bitcoin sobe 3,5%.

Enquanto isso o ether, a criptomoeda nativa da rede Ethereum, é cotado a US$ 1.392, subindo 5,2% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinGecko. Após uma importante atualização, o preço do ether despencou, surpreendendo os investidores mais otimistas. No entanto, no cenário semanal, a segunda maior criptomoeda sobe 0,9%.

(Mynt)

Por outro lado, moedas fiduciárias como a libra esterlina despencaram nesta terça-feira, 27.

“O movimento de recuperação vem diante da turbulência vivida pelas moedas fiduciárias, como a libra esterlina, o euro e o iene, que vem caindo forte nos últimos dias. A libra, aliás, chegou em um patamar histórico de US$ 1,03, quase com entrando em paridade com o dólar americano, com medidas econômicas controversas implementadas pelo governo do Reino Unido, como o maior corte de impostos dos últimos 50 anos, mesmo diante da inflação recorde que o país enfrenta”, explicou Ayron Ferreira, analista chefe da Titanium Asset Management.

Para Ayron, o movimento das moedas fiduciárias pode destacar a resiliência do bitcoin e sugerir que a principal criptomoeda pode retomar a percepção de ativo de proteção contra a inflação entre investidores.

“Merece bastante destaque a resiliência do preço do bitcoin. É algo muito interessante, pois pode demonstrar uma evolução na percepção dos investidores em relação ao ativo como uma classe que merece ser vista como um refúgio, diante do cenário cada vez pior de inflação mundial e tentativas de governos em conter esses desequilíbrios de preços que preocupa cada vez mais”, disse.

No entanto, o Índice de Medo e Ganância, que mede o sentimento do mercado cripto, segue em queda, demonstrando “medo extremo” por parte de investidores do setor. Em um mês, o índice saiu de 28 pontos para os 20 atuais.

“Essa resiliência do preço do bitcoin tende a ser ainda muito testada, uma vez que uma recessão global é cada vez mais iminente e os demais motivadores de tensão no cenário macro ainda são persistentes”, concluiu Ayron Ferreira.

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