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Bitcoin recupera os US$ 55 mil após queda com dados abaixo do esperado e risco de recessão nos EUA

Principal criptomoeda do mercado despencou no último final de semana, mas se recupera nesta segunda-feira, 9 de setembro

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 9 de setembro de 2024 às 12h19.

Última atualização em 9 de setembro de 2024 às 12h22.

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O cenário macroeconômico dos Estados Unidos tem sido um dos fatores mais importantes para a performance do bitcoin e das principais criptomoedas nos últimos meses. Com a expectativa por um corte na taxa de juros ainda este mês, a euforia de investidores é contida por preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 55.215, com alta de quase 2% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nos últimos trinta dias a maior criptomoeda do mercado ainda acumula queda de mais de 8%.

No último final de semana, o bitcoin chegou a cair abaixo de US$ 53 mil, mas recupera boa parte das perdas nesta segunda-feira, 9.

“Após atingir a mínima de US$ 52.550 no dia 06 de setembro, o preço do Bitcoin encontrou demanda compradora, fazendo com que o preço da principal criptomoeda do mercado retomasse o movimento de alta, voltando a ser negociado, até o momento desta publicação, por US$ 55.432”, disse Ana de Mattos, especialista em criptoativos e trader parceria da Ripio.

“Se houver continuidade da alta a fim de fazer um movimento corretivo da pernada de queda anterior, haverá resistência nos US$ 56.150 e US$ 57.700. No entanto, se houver continuidade do fluxo vendedor, os suportes estão nas regiões de liquidez dos US$ 51.360 e US$ 49.000”, acrescentou.

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Por que o bitcoin despencou?

“Após a queda de 11% do bitcoin na semana passada, pressionado pelos mais de US$ 700 milhões de outflows por parte dos ETFs e receios de um cenário de recessão nos EUA, a criptomoeda encontrou suporte novamente na faixa dos US$ 53 mil e apresenta uma alta de 4,5% desde a sexta-feira, 6”, explicou João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual.

“A divulgação do relatório de empregos Payroll abaixo do esperado alimentou receios de um possível cenário de recessão nos EUA, também trazendo quedas para o mercado acionário, com os índices S&P500 e NASDAQ apresentando a maior queda semanal do ano”, acrescentou.

“Embora não esteja claro se será o suficiente para impulsionar a performance dos ativos de risco, o mercado precifica o início de cortes de juros a partir da reunião do Fed de 18 de setembro, com expectativas de 1% em cortes até o final de 2024, um cenário que tende a ser positivo para os criptoativos”, concluiu Galhardo.

No que investidores devem ficar de olho

“Nesta semana, o CPI (equivalente ao IPCA) dos Estados Unidos será um ponto de atenção, pois trará mais clareza sobre o tamanho do possível corte de juros pelo Fed. Além disso, os comentários do banco central americano sobre as políticas monetárias serão fundamentais, já que o cenário macroeconômico continua a influenciar o preço dos criptoativos”, disse Julio Andreoni, especialista de criptoativos no Bitybank.

“Outro evento importante é o debate entre Kamala Harris e Donald Trump, previsto para amanhã. Dependendo das pautas discutidas, especialmente sobre criptoativos, o mercado pode reagir, já que ambos os políticos têm consciência de um eleitorado pró-cripto. Trump, inclusive, declarou-se favorável ao bitcoin e ao setor cripto há alguns meses, o que pode gerar volatilidade”, acrescentou.

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