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Repórter do Future of Money
Publicado em 12 de agosto de 2025 às 09h58.
Nesta terça-feira, 12, o mercado de criptomoedas atingiu um novo recorde, chegando aos US$ 4,1 trilhões em capitalização. Enquanto o bitcoin se mantém próximo de US$ 119 mil, especialistas ainda apontam para a chance de novos recordes para a maior criptomoeda do mundo.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 119.250, com queda de 0,3% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Apesar disso, nos últimos sete dias, a criptomoeda acumula alta de 4,6%.
"O mapa de liquidez indica ofertas protegendo a faixa dos US$115 mil–US$118 mil, refletindo cautela institucional e oportunidades de bounce nessa zona. O momento de alta recente foi reforçado por forte desempenho das altcoins, que puxaram o bitcoin para cima — dinâmica incomum, já que normalmente é o contrário. O valor total de mercado cripto está perto de US$4 trilhões, com destaque para ETH e XRP. Um ponto importante no mercado agora é que vemos sinais claros de migração de capital de BTC/ETH para altcoins, marcando possivelmente o início da altseason. Indicadores e padrões históricos apontam agosto como catalisador. O fluxo se intensifica se o Bitcoin consolidar ou lateralizar próximo dos suportes", disse Guilherme Prado, country manager da Bitget.
"Os mercados asiáticos avançam após Donald Trump sinalizar a extensão, por mais 90 dias, da trégua tarifária entre Estados Unidos e China. Embora a medida não resolva as tensões comerciais estruturais, a combinação da trégua com as projeções de até dois cortes de juros pelo Federal Reserve em 2025 sustentou o otimismo global. O ouro recuou após o anúncio de que metais não seriam taxados, enquanto o petróleo permaneceu estável", disse André Franco, CEO da Boost Research.
"O bitcoin mantém impacto de curto prazo positivo. A prorrogação da trégua tarifária reduz o risco macroeconômico imediato, enquanto a expectativa de afrouxamento monetário nos EUA fortalece a liquidez global e o apetite por ativos de risco. A estabilidade do dólar e das commodities contribui para um ambiente sem pressões negativas relevantes, o que pode favorecer o bitcoin na busca por novas máximas, caso o fluxo comprador persista", acrescentou.
Além do bitcoin, outras criptomoedas ganham destaque, como o ether, que acumula alta de 44% nos últimos 30 dias. A LINK, moeda da rede Chainlink, também disparou 38% no mesmo período, segundo dados do CoinMarketCap. Um relatório da Binance Research, "Monthly Market Insights - Agosto 2025" revelou que a dominância das altcoins subiu de forma significativa, alcançando 39,2%, revertendo a tendência anterior à medida que a dominância do bitcoin caiu para 60,6%.
Segundo os analistas da Binance, essa mudança reflete o aumento do apetite por risco, melhora nas condições macroeconômicas, expectativa de corte de juros pelo Fed e maior interesse institucional em futuros de altcoins e em alocações de tesouraria corporativa.
"O mercado de criptoativos atingiu ontem uma nova máxima histórica, com valor total ultrapassando US$ 4,1 trilhões, antes de recuar no fim do dia, acompanhando a realização observada nas bolsas americanas. Apesar da correção pontual, o movimento recente tem sido puxado principalmente pelas altcoins de maior capitalização, com destaque para o ether", disse Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual.
"O ativo vive um momento particularmente forte, impulsionado por fluxos robustos via ETFs, que registraram ontem captação recorde de mais de US$ 1 bilhão, bem como por alocações em tesourarias corporativas. Enquanto a demanda spot segue aquecida, o mercado de derivativos permanece comportado, sem sinais de excesso, o que indica espaço para continuidade da tendência de alta", acrescentou ele à EXAME.
"Em paralelo, a Uniswap, maior DEX da Ethereum, anunciou ontem proposta para ativar o “fee switch”, mecanismo que permitiria distribuir parte das receitas do protocolo aos detentores do token, em um modelo semelhante a "dividendos on-chain". A Uniswap possui a maior tesouraria entre os protocolos DeFi, com cerca de US$ 4,3 bilhões, e o movimento pode destravar valor relevante para o token, dentro de uma tendência crescente de protocolos recompensarem seus usuários e investidores de forma mais direta", concluiu.
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