Investidores monitoram o mercado de Bitcoin, que se aproxima de US$ 100 mil (R$ 569 mil), mas enfrenta possíveis correções no curto prazo. (Boris Zhitkov/Divulgação)
Redator na Exame
Publicado em 22 de novembro de 2024 às 06h28.
O Bitcoin está prestes a atingir o marco de US$ 100 mil (R$ 569 mil), mas uma correção de até 20% é inevitável, segundo o bilionário Michael Novogratz, CEO da Galaxy Digital. Em entrevista à CNBC, reproduzida pela Business Insider, Novogratz destacou que o mercado de criptomoedas está altamente alavancado, o que deve provocar um recuo para US$ 80 mil (R$ 455,2 mil) antes de a moeda retomar sua trajetória de alta.
“O sistema está cheio de alavancagem no momento. A comunidade cripto está no limite, e isso levará a uma correção”, afirmou Novogratz. Ele considera que US$ 80 mil (R$ 455,2 mil) será o piso dessa queda, embora veja o patamar de US$ 100 mil (R$ 569 mil) como uma meta inevitável no curto prazo.
Além do Bitcoin, ações e ETFs alavancados também enfrentam riscos, segundo o investidor. Ele citou a MicroStrategy como exemplo de ativos que podem sofrer quedas mais acentuadas devido ao uso intensivo de alavancagem. “As correções podem ser ainda mais fortes nas ações que estão mais alavancadas do que o próprio ativo subjacente”, explicou.
Apesar do cenário de curto prazo, Novogratz permanece otimista sobre o futuro do Bitcoin. Ele acredita que a criptomoeda está em processo de descoberta de preço, com pouca oferta disponível no mercado. “Quando você chega a US$ 100 mil (R$ 569 mil), geralmente há um recuo antes de continuarmos subindo. Estamos em um momento de alta demanda, e não há muita oferta”, comentou.
Novogratz também atribuiu a atual onda de otimismo à administração de Donald Trump, que, segundo ele, está promovendo uma “mudança de paradigma” para a regulamentação de ativos digitais.
“O gabinete inteiro quase possui Bitcoin e é a favor dos ativos digitais. As pessoas ao redor daquela mesa são muito favoráveis a esse espaço. Eles são pró-inovação, pró-ativos digitais e pró-Bitcoin”, afirmou o investidor, destacando a influência positiva do governo na adoção e no desenvolvimento das criptomoedas.
Além disso, Novogratz mencionou o crescimento da demanda por Bitcoin, impulsionada por investidores do Oriente Médio e pelos mercados de ações públicas, onde há um “apetite inexaurível” pelo ativo. Embora reconheça o risco de uma correção significativa, o bilionário acredita que o Bitcoin continuará em alta no médio e longo prazo, consolidando-se como uma das principais reservas de valor no mercado financeiro global.