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Bitcoin supera US$ 69 mil e atinge maior preço da história após três anos

Maior criptomoeda do mundo voltou a disparar em 2024 e acumula valorização de mais de 50% no ano, apoiando em ETFs e halving

Bitcoin valorizou mais de 50% em 2023 (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin valorizou mais de 50% em 2023 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 5 de março de 2024 às 12h31.

Última atualização em 5 de março de 2024 às 16h38.

O bitcoin atingiu nesta terça-feira, 5, um novo recorde histórico de preço. A máxima superou os US$ 69 mil registrados em novembro de 2021 e reflete uma disparada iniciada em fevereiro deste ano, apoiada em elementos como a aprovação de ETFs do ativo, a expectativa do halving em abril e uma melhora do cenário macroeconômico mundial.

Dados da plataforma CoinMarketCap apontam que a criptomoeda chegou a superar a casa dos US$ 69,1 mil antes de ter uma queda e voltar ao patamar de US$ 63 mil. No ano, o ativo acumula uma valorização de mais de 50%, após disparar mais de 150% em 2023. Além disso, especialistas apontam que a alta deve continuar neste ano.

João Galhardo, analista da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, avalia que "a trajetória do bitcoin até seu pico histórico de US$ 69 mil foi principalmente impulsionada pela movimentação institucional relacionada aos seus ETFs à vista. Os dez principais ETFs acumulam mais de US$ 50 bilhões em ativos sob gestão, recebendo mais de US$ 8 bilhões em novos investimentos desde o início dos ETFs em janeiro".

"Uma correção nos preços após uma alta tão extensa é algo comum, e saudável para o longo prazo. Com o contínuo interesse de Wall Street pelo bitcoin, é uma questão de tempo até que a criptomoeda volte a subir, alcançando novamente os US$ 69 mil e, potencialmente, rompendo essa região antes mesmo do halving, programado para abril", afirma.

Por que o bitcoin bateu recorde de preço?

Um dos principais fatores para o novo recorde do bitcoin foi a aprovação e lançamento de ETFs da criptomoeda nos Estados Unidos. Apesar de um início difícil, com fortes retiradas no fundo da Grayscale, o grupo de ETFs mantêm uma performance positiva, atraindo bilhões em investimentos e estimulando a demanda pela criptomoeda.

Outro elemento importante por trás do novo preço máximo da criptomoeda é o chamado halving, previsto para ocorrer em abril deste ano. Na prática, o evento representa uma queda na taxa de liberação de unidades do ativo no mercado. Historicamente, o bitcoin inicia ciclos de valorização após o evento, e especialistas esperam que o mesmo ocorra agora.

Por fim, a criptomoeda e outros ativos de risco também são beneficiados pela perspectiva de afrouxamento da política monetária nos Estados Unidos. O mercado ainda se divide sobre possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve nos próximos meses, mas é quase consenso que novas altas não ocorrerão, reduzindo a aversão a riscos entre investidores.

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