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Bitcoin intensifica queda, mas “não é o fim do mundo”, alertam especialistas: é hora de comprar?

Entenda os motivos por trás da recente queda no preço do bitcoin e descubra se é o momento de comprar, na opinião de especialistas

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 30 de abril de 2024 às 11h39.

Última atualização em 30 de abril de 2024 às 11h43.

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Nesta terça-feira, 30, o bitcoin intensificou seu movimento de queda, chegando ao patamar nos US$ 60 mil. A principal criptomoeda do mercado encerra o mês de abril no vermelho após um março repleto de máximas históricas consecutivas. No entanto, especialistas alertam que “não é o fim do mundo” e revelam se o momento é propício para novas compras.

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No momento, o bitcoin é cotado a US$ 60.641, com queda de mais de 2,6% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. No mês, a criptomoeda despencou 13,6%, se aproximando da queda de 16% de novembro de 2022, marcado pela queda da FTX.

Apesar disso, desde o início do ano o bitcoin ainda acumula alta de 43,3%, mesmo que já tenha recuado cerca de 17,7% desde sua máxima histórica de março, em US$ 73.750.

De acordo com Lucas Josa, especialista de criptoativos do BTG Pactual, o bitcoin ainda tem espaço para recuar para a casa dos US$ 59 mil. Durante o Morning Call Crypto, programa semanal da Mynt, plataforma de criptoativos do banco, o especialista comentou o cenário e as principais perspectivas para a principal criptomoeda com o convidado Felipe Medeiros, especialista do Boteco Cripto.

“Estamos indo, se nada mudar, para a quinta semana de correção para o ativo. O que não necessariamente é um cenário de fim do mundo, acho que passa bem longe disso, é realmente um movimento corretivo para um movimento de alta muito forte que a gente teve ao longo dos últimos meses”, disse Josa no Morning Call Crypto, disponível na íntegra no YouTube.

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“A gente precisa lembrar também que o bitcoin vem de um rali muito forte de alta, saindo ali dos US$ 25 mil para máximas históricas com pouquíssimo repouso. Então a gente precisa entender que existe volatilidade, é um mercado muito volátil então não dá para esperar que o bitcoin sempre mantenha uma tendência muito forte de alta, principalmente com vários fatores externos jogando contra os ativos de risco. Então acho que é uma correção completamente natural”, completou Medeiros, mencionando o cenário macroeconômico ainda incerto sobre a possibilidade de cortes na taxa de juros dos EUA.

É o momento de comprar bitcoin?

Pensando em um cenário que ainda pode ver quedas do bitcoin para patamares entre US$ 58 e US$ 60 mil, Medeiros dividiu suas recomendações entre o curto e o longo prazo:

“Acho que para longo prazo toda compra de bitcoin é interessante, apesar de ser óbvio que você precisa fugir das máximas históricas. Eu vejo uma boa oportunidade em comprar com o preço atual, porque a gente vê o bitcoin mudando o seu patamar como classe de ativo. Saindo de um ativo completamente especulativo ligado à tecnologia e passando a ser um ativo mainstream defendido pelas maiores gestoras do mundo, com produtos defendidos e vendidos pelas maiores gestoras do mundo”, disse ele.

“Essa mudança, no meu ponto de vista, garante que no médio e longo prazo o bitcoin sempre vai ser uma boa opção, que tem uma tese muito sólida que no longo prazo pode oferecer retornos interessantes para quem compra”, completou.

“Agora no curto prazo, para quem gosta de especular, eu acredito que a gente possa ver níveis mais baixos no curto prazo. Os ETFs são algo que tem pesado negativamente nos últimos dias e a gente teve os ETFs sendo lançados em Hong Kong. Havia uma expectativa de que ele teria grandes fluxos de negociação que foi frustrada e talvez seja o principal motivo para a queda de hoje. Aliado a isso você também tem um cenário deteriorado para ativos de risco no geral”, disse Felipe Medeiros no Morning Call Crypto.

“Lembrando que o mercado tem os seus acontecimentos inesperados, então apesar de achar que vão surgir oportunidades de compra melhores, eu não defendo que você faça negociações baseadas nessas percepções”, concluiu o especialista.

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