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Editora do Future of Money
Publicado em 23 de setembro de 2025 às 10h29.
Última atualização em 23 de setembro de 2025 às 10h33.
Nesta terça-feira, 23, o bitcoin apresenta pouca variação de preço, sendo negociado "de lado" após retornar para a casa dos US$ 113 mil. A maior criptomoeda havia tido queda significativa no início da semana útil.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 113.068, com alta de 0,3% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Apesar disso, nos últimos sete dias, a criptomoeda ainda acumula queda de 2%.
"Após a onda de liquidações no início da semana, o mercado tenta se estabilizar. O Bitcoin defende a faixa de US$ 112 mil como suporte de curto prazo e volta a orbitar perto de US$ 113 mil nesta manhã, sinalizando tentativa de recuperação após a limpeza de alavancagem. A manutenção desse nível técnico é importante para a retomada da tendência de alta de curto prazo, mas a volatilidade deve seguir elevada nos próximos dias, dado o estresse recente em derivativos", disse Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.
"O cenário macro também segue construtivo e consistente com o sentimento de 'risk-on'. Nas últimas semanas, as small caps (Russell 2000) vem entregando performance superior ao S&P 500, um padrão típico de rotação em ambientes de afrouxamento monetário após o corte de juros pelo Fed na última semana", acrescentou.
"Com isso, o movimento de liquidação limpou excessos de alavancagem e abriu uma janela oportuna para acumular posições, especialmente em ativos com fundamentos sólidos e catalisados claros, como Ether (ETH) e Solana (SOL), que contam com suporte de veículos institucionais e compras recentes por tesourarias corporativas", concluiu.
"Os mercados asiáticos operam em leve alta, sustentados pelo otimismo no setor de tecnologia após o anúncio da Nvidia de que investirá até US$ 100 bilhões na OpenAI. O apetite por ativos de risco, como ações e ouro, que renovou máximas históricas, segue elevado, refletindo as apostas em novos cortes de juros nos Estados Unidos. Ainda assim, o Federal Reserve envia sinais mistos: enquanto o novo governador Stephen Miran defende cortes mais agressivos, outros membros pedem cautela diante da inflação", disse André Franco, CEO da Boost Research.
"O mercado precifica mais dois cortes até o fim do ano. Investidores também acompanham os PMIs globais e a possibilidade de shutdown nos EUA caso o Congresso não aprove o orçamento até 30 de setembro. O dólar recuou levemente, enquanto os rendimentos dos Treasuries permanecem pressionados diante da grande oferta de novos títulos nesta semana. Já o bitcoin apresenta expectativa de curto prazo neutra a positiva, apesar do 'flush' de liquidações histórico registrado no início da semana", acrescentou.
"O impulso vindo do setor de tecnologia e do ouro favorece o apetite por ativos de risco, beneficiando o bitcoin. Porém, a resiliência do dólar e as incertezas fiscais nos EUA limitam a força desse movimento. É provável que o bitcoin consolide entre US$ 110 mil e US$ 114 mil, com possibilidade de alta moderada caso surjam sinais mais claros de postura dovish ou notas fiscais positivas; em contrapartida, poderá recuar se aumentarem os ruídos negativos", concluiu o executivo.
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