Patrocínio:
(Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 29 de abril de 2025 às 10h50.
Última atualização em 29 de abril de 2025 às 10h53.
Nesta terça-feira, 29, o bitcoin se mantém negociado acima de US$ 94 mil, após ter disparado nos dias seguintes ao feriado da páscoa. No entanto, a perspectiva de especialistas ainda é otimista para a maior criptomoeda do mundo, que pode voltar a ultrapassar o marco de US$ 100 mil em breve.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 94.792, com variação de 0% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Apesar da lateralização, a criptomoeda ainda acumula alta de 5,6% nos últimos sete dias e 14,5% nos últimos 30 dias.
Além do interesse de investidores do varejo, o bitcoin vem chamando cada vez mais atenção de investidores institucionais. Os ETFs, um dos principais métodos utilizados por grandes empresas para obter exposição ao bitcoin, registraram entradas significativas nos últimos dias. Além disso, empresas como a Méliuz já desenvolvem estratégias de tesouraria que envolvem o investimento em bitcoin.
“Por todo esse fluxo contínuo que temos visto no bitcoin, se continuar dessa forma existe uma grande chance do bitcoin atingir US$ 100 mil nos próximos dias. Mas o mercado cripto é um mercado de renda variável, então tudo pode acontecer. Se a guerra comercial esquentar, vier um número mais fraco para as empresas de tecnologia, ou um payroll muito ruim, o bitcoin também pode testar os US$ 90 ou 88 mil. Mas como temos um cenário bastante positivo, se o bitcoin cair para esses patamares também será uma boa oportunidade de compra, pois para mim parece inevitável o bitcoin em US$ 100 mil em breve”, disse Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, durante o programa Morning Call Crypto.
“O bitcoin continua negociando acima da média móvel de 50 semanas e o preço faz topos e fundos mais altos que os anteriores. Então nada mudou, mesmo com a queda de 30% da máxima histórica, não tivemos uma quebra da tendência estrutural de longo prazo, o que significa que agora qualquer correção que tivermos pela frente pode ser uma oportunidade para se posicionar em favor dessa tendência primária”, acrescentou.
Em comparação com as ações, o momento atual de mercado pode favorecer o bitcoin, graças à incerteza com relação ao cenário macroeconômico dos EUA e as tarifas propostas por Donald Trump.
“Para os investidores se posicionarem nesse momento de queda, as ações ainda contam com riscos adicionais de resultado operacional. Como as tarifas vão influenciar o lucro das empresas, quanto isso vai custar para os investidores... ainda há muita incerteza em torno disso. Já o bitcoin não carrega esse risco de ter que gerar lucro ou a possibilidade de ter resultados mais fracos”, disse Matheus Parizotto.
O otimismo de especialistas se reflete também no mercado, com o Índice de Medo e Ganância, utilizado para medir o sentimento do mercado cripto, sinalizando “ganância” em 60 pontos nesta terça-feira, 29.
Agora, investidores otimistas que pretendem se beneficiar dos movimentos do bitcoin devem ficar de olho na divulgação de dados importantes nos próximos dias, que antecedem a decisão de política monetária do Federal Reserve, banco central dos EUA.
“Nesta semana, o foco recai sobre a divulgação de importantes indicadores norte-americanos. Na quarta-feira, 30, às 9h30, sai o PIB norte-americano referente ao 1T25; um dado fraco daria margem ao Banco Central dos EUA (Fed) para acelerar o ciclo de cortes”, disse João Galhardo, analista de research da Mynt, à EXAME.
“Pouco depois, às 11h00, o Índice de Preços PCE será crucial: se apontar desaceleração da inflação, reforça a leitura de que o terreno está pronto para afrouxamento monetário mais agressivo por Jerome Powell, atual presidente do Fed”, acrescentou.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | X | YouTube | Telegram | Tik Tok