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Preço do bitcoin cai 10% (JUN2/Getty Images)
Editora do Future of Money
Publicado em 24 de novembro de 2025 às 10h28.
Após ter atingido uma série de recordes de preço em 2025, o bitcoin voltou a patamares de preço não vistos desde abril. A maior criptomoeda do mundo despencou para a casa dos US$ 80 mil, preço muito abaixo do recorde histórico acima de US$ 124 mil atingido há poucos meses.
Agora, investidores se questionam se é o início de uma fase prolongada de queda, conhecida como "bear market". No entanto, especialistas apontam para a chance de recuperação no curto prazo.
O bitcoin é cotado a US$ 86.274, com queda de 0,15% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos trinta dias, a queda acumulada já ultrapassa os US$ 22%.
"O preço do bitcoin atingiu a mínima de US$ 80.6 mil na última sexta-feira, 21. Este valor não era visto desde abril deste ano. Após atingir essa faixa de preço, o bitcoin iniciou um movimento corretivo o qual levou o preço do ativo atingir, até o momento desta publicação, a máxima de US$ 88.127", disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.
"Ao analisar o fluxo podemos observar que entrou demanda compradora durante a queda, a qual pode levar o preço do bitcoin atingir as resistências de curto e médio prazo dos US$ 88.8 mil e US$ 94.5 mil. Se houver retomada do movimento de baixa, haverá suporte de curto e médio prazo nas regiões de liquidez dos US$ 82.5 mil e US$ 79 mil", acrescentou.
"Os mercados de ações globais abriram a semana em alta, impulsionados por uma crescente expectativa de que o Federal Reserve possa cortar a taxa de juros em dezembro, com a probabilidade estimada subindo para cerca de 57%. A liquidez mais frouxa, combinada com declarações dovish de funcionários do Fed (como John C. Williams) e dados recentes que apontam para inflação mais moderada e enfraquecimento no mercado de trabalho dos EUA, sustentam o otimismo nos ativos de risco", disse André Franco, CEO da Boost Research.
"O dólar manteve‐se estável, apesar da alta das expectativas de corte, enquanto o petróleo recuou levemente com especulações sobre aumento de produção pela OPEP+, e o iene permaneceu sob pressão, levando a alertas de possível intervenção no Japão", acrescentou.
"Já o bitcoin tem uma expectativa de curto prazo moderadamente positiva, motivada por dois vetores principais: a maior chance de corte de juros favorece ativos de risco e ativos não correlacionados ao dólar, e a liquidez potencialmente ampliada pode atrair capital para cripto. Contudo, o impacto deve ser moderado, o mercado já vinha precificando parte dessa expectativa, de modo que podemos ver uma oscilação de consolidação ou leve alta, ao invés de um rompimento agressivo", disse André Franco, CEO da Boost Research.
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