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Jerome Powell discursa durante coletiva de imprensa após uma reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) no Federal Reserve (BRENDAN SMIALOWSKI / Colaborador/Getty Images)
Editora do Future of Money
Publicado em 22 de agosto de 2025 às 10h42.
Última atualização em 22 de agosto de 2025 às 13h39.
Nesta sexta-feira, 22, o bitcoin voltou a subir após despencar para US$ 112 mil. A maior criptomoeda do mundo havia atingido uma nova máxima histórica de US$ 124 mil na última semana, mas recuou até os US$ 112 mil e agora sinaliza recuperação. Investidores e especialistas continuam em compasso de espera pelo discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, no Simpósio de Jackson Hole. O evento é um dos mais aguardados da semana, tanto para investidores tradicionais quanto os de cripto, pois pode ajudar a determinar a política monetária dos EUA.
Nesta sexta-feira, 22, o mercado de criptomoedas enfrentou alta volatilidade graças ao discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no Simpósio de Jackson Hole. O evento era aguardado durante toda a semana por investidores e especialistas. O preço do bitcoin, que despencava para US$ 112 mil, subiu para US$ 115 mil em minutos após a divulgação do texto do discurso, com uma indicação sobre possíveis cortes na taxa de juros dos Estados Unidos.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 116.456, com alta de 3,4% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a queda acumulada é de apenas 0,6%.
"Com a política monetária em território restritivo, a perspectiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar um ajuste em nossa postura política", disse Jerome Powell.
"Ações, títulos e criptomoedas dispararam após Powell sinalizar abertura para cortes de juros (ainda sem data marcada). Com a taxa básica em 4,25%-4,50% desde dezembro, qualquer flexibilização reduz o custo do dinheiro e valoriza ganhos futuros. Resultado: investidores saem da renda fixa e migram para risco, especialmente ações de crescimento e cripto, que dependem mais de fluxos futuros", disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.
"Para o mercado cripto, juros mais baixos nos EUA (e dólar possivelmente mais fraco) tendem a destravar demanda. Não à toa, bitcoin e altcoins valorizaram durante o discurso, refletindo essa expectativa. Até o Fed confirmar o primeiro corte, a direção do mercado dependerá dos resultados de inflação e emprego nos EUA. Além disso, é importante pontuar que o preço do bitcoin também reage a fatores próprios, como ETFs, entrada de capital institucional, avanços tecnológicos e sua proposta de valor – características que o investidor cripto deve manter no radar", acrescentou.
"Com esse background macroeconômico, vamos ao gráfico: após atingir sua nova máxima histórica nos US$ 124.474 no dia 13 de agosto, o preço do bitcoin iniciou um movimento de queda que durou 8 dias, fazendo o ativo atingir a mínima de US$ 111.684 no dia 22", disse Ana de Mattos.
"No entanto, a queda foi absorvida pela força compradora, fazendo com que o ativo perdesse a estrutura de baixa de curto prazo e atingisse os US$ 116.800, até o momento desta publicação. Ou seja, mais de 4% de valorização. Se houver continuidade da força compradora, haverá resistências nas faixas de preços dos US$ 117.9 mil e US$ 121 mil. Os suportes de curto e médio prazo estão nas regiões de liquidez dos US$ 111.500 e US$ 105 mil", concluiu.
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