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Editora do Future of Money
Publicado em 17 de outubro de 2025 às 10h30.
Nesta sexta-feira, 17, o bitcoin voltou a cair para US$ 105 mil, se aproximando de patamares de preço do último "flash crash", no dia 10 de outubro. Especialistas apontam que o mercado de criptomoedas está sob forte pressão, com saídas em ETFs, riscos macroeconômicos e a perda de suportes técnicos importantes. Anteriormente, as perspectivas eram positivas para o bitcoin em outubro, mês conhecido por ser historicamente positivo para as criptomoedas.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 105.486, com queda de mais de 5% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a criptomoeda acumula queda de 13,5%.
"O mercado cripto segue sob forte pressão. A correção foi intensificada por fortes saídas dos ETFs, riscos macroeconômicos globais e a perda de suportes técnicos importantes — fatores que acionaram ordens algorítmicas e liquidações em massa. Em apenas 4 horas, mais de US$ 1,2 bilhão em contratos futuros foram liquidados, ampliando significativamente a volatilidade", disse Guilherme Prado, country manager da Bitget.
"Enquanto isso, a demanda por ouro permanece forte, com o metal renovando máximas históricas em meio às incertezas econômicas e geopolíticas. Esse movimento tem levado investidores a priorizarem ativos de proteção tradicionais, reduzindo a exposição a criptomoedas", acrescentou o executivo.
"Do ponto de vista técnico, se os vendedores mantiverem a pressão e o bitcoin perder o suporte em US$ 104.582, um movimento de pânico pode acelerar a queda, potencialmente abrindo espaço para níveis abaixo de US$ 100 mil, especialmente se as bandas de liquidação se intensificarem. No lado oposto, a primeira resistência relevante está em US$ 107.696, seguida por uma zona mais forte em US$ 109.208, onde pressões vendedoras devem testar qualquer tentativa de recuperação", concluiu.
"Os mercados asiáticos recuaram em resposta a preocupações renovadas sobre o setor bancário dos Estados Unidos, após bancos regionais reportarem perdas e enfrentarem acusações de fraude — o que reacendeu temores de contágio sistêmico. O ouro atingiu novo recorde, ultrapassando US$ 4.378 por onça, consolidando-se como porto seguro em meio à volatilidade. Os rendimentos dos Treasuries recuaram, e o dólar perdeu força, beneficiando moedas como o iene e o franco suíço", disse André Franco, CEO da Boost Research.
"O bitcoin apresenta expectativa de curto prazo neutra a levemente negativa. O pânico no setor bancário pode levar à saída de capital de ativos mais arriscados, formando um cenário desfavorável para o bitcoin. Por outro lado, a fraqueza do dólar e o recuo nos rendimentos dos títulos oferecem algum alívio ao mercado. Se não houver novos choques no sistema financeiro e as pressões diminuírem, o bitcoin pode encontrar suporte na faixa entre US$ 105 mil e US$ 110 mil. Entretanto, caso surjam novas más notícias no setor, o preço pode testar níveis inferiores", acrescentou.
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