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Após ultrapassar US$ 100 mil pela 1ª vez em 2025, bitcoin despenca 6% em um dia; entenda

Na primeira semana de 2025, bitcoin saltou de US$ 92 mil para US$ 102 mil, mas agora devolve lucros e retorna para a faixa dos US$ 96 mil

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 11h33.

Última atualização em 7 de janeiro de 2025 às 17h26.

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Nesta terça-feira, 7, o bitcoin encerra a primeira semana de 2025 em um verdadeiro "sobe e desce", após uma correção ter afetado negativamente o preço da maior criptomoeda do mundo na reta final de 2024.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 96.181, com queda de 6% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a criptomoeda acumula alta de 2,7%.

No início do dia, a principal criptomoeda do mercado chegou a ultrapassar US$ 102 mil, feito inédito em 2025. No entanto, devolve os lucros no fim da tarde de terça-feira, 7.

"Apesar do bitcoin ter apresentado uma correção natural, ela foi apoiada por algumas informações macroeconômicas. A começar, a criptomoeda vinha de sete dias consecutivos de alta, chegando a superar os 10% no período. Essa é uma situação que, majoritariamente, vai levar à uma realização natural de lucros, seja no mercado de criptomoedas ou de ações", disse Beto Fernandes, analista da Foxbit.

"Fora isso, a gente viu os dados de emprego nos Estados Unidos, com a criação de 8 milhões de novos postos de trabalho. A depender dos números dos pedidos de auxílio-desemprego e do payroll, o país pode estar vendo um crescimento do emprego por lá. Este é um tema sensível, pois os empregos mostram que a economia vai vem, porém, aumenta o risco de uma aceleração da inflação", acrescentou.

"Como consequência, isso poderia travar a flexibilização da política monetária, mantendo os juros em alta nos Estados Unidos", concluiu Fernandes.

Como se posicionar para uma "altseason"?

Apesar do grande destaque do bitcoin ao longo de 2024 e fortes expectativas para a posse de Donald Trump no próximo dia 20 de janeiro, as altcoins também chamam a atenção de investidores e especialistas. Muitos acreditam em uma possível “altseason”, nome dado a um período em que outras criptomoedas disparam mais que o bitcoin.

No entanto, Lucas Josa, especialista em criptoativos do BTG Pactual, afirmou durante o programa Morning Call Crypto que a possibilidade é maior para uma “all season”, em que criptomoedas de todos os setores podem disparar.

O especialista ainda fez ressalvas sobre a estratégia de rotação de capital, em que investidores tirariam dinheiro investido em bitcoin para comprar outras criptomoedas, na expectativa de que elas disparassem mais.

“Considerando rotação de capital para uma iminente altseason, se você não está posicionado ou com uma posição muito pequena, é uma situação meio delicada porque boa parte delas já subiu muito desde a eleição do Trump. Então é uma decisão delicada rotacionar capital do bitcoin para altcoins pensando nesse cenário”, disse ele no programa, transmitido ao vivo no YouTube às terças e quintas-feiras pela manhã.

“Em 2017, 2021, o mercado e as condições de liquidez eram muito diferentes, por isso é necessário cuidado para não trocar os pés pelas mãos. A depender da forma como você faz, a possibilidade é sempre muito maior de acabar perdendo o capital ou diminuir a quantidade de bitcoin que você tem tentando pular de um galho para outro. Foque em algumas narrativas mais fortes no mercado e diversifique o seu capital”, acrescentou.

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