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Editora do Future of Money
Publicado em 5 de setembro de 2025 às 10h53.
Última atualização em 5 de setembro de 2025 às 12h00.
Nesta sexta-feira, 5, o bitcoin voltou a subir para US$ 113 mil, depois de chegar a despencar para US$ 107 mil no início da semana. A maior criptomoeda do mundo enfrentava um recuo significativo, mas os ares podem ter mudado conforme a expectativa de investidores e especialistas por um corte na taxa de juros dos EUA ainda em setembro aumenta cada vez mais.
No momento, o bitcoin é cotado a US$ 113.039, com alta de 2,5% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. Nos últimos sete dias, a maior criptomoeda do mundo já acumula alta de 3,4%.
"Ao retomar a alta, o preço do bitcoin rompeu uma importante região de liquidez, sugerindo então a continuidade do movimento até as resistências dos US$ 115,5 mil e US$ 120 mil. Contudo, caso entre força vendedora e reverta o movimento, o preço da principal criptomoeda do mercado poderá testar os suportes dos US$ 108,3 mil e US$ 105 mil", disse Anna de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.
A probabilidade de um corte na taxa de juros dos Estados Unidos ainda em setembro é de mais de 95%, segundo dados da ferramenta Fed Watch Tool, da CME. Historicamente, cortes na taxa de juros do país são positivos para o mercado de criptomoedas, pois alimentam o apetite ao risco de investidores.
“No mercado americano, o corte de juros em setembro é visto como praticamente certo, já que as taxas de curto prazo recuam em ritmo mais acelerado que os rendimentos de dez anos. Já no mercado cripto, a semana foi de estabilidade nos preços, mas com dinâmicas importantes em segundo plano: a recente alta do ouro acima de US$ 3,5 mil impulsionou levemente o bitcoin, refletindo uma demanda renovada por hedge contra a inflação", disse Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.
Enquanto isso, o Índice de Medo e Ganância, utilizado para medir o sentimento do mercado cripto, sinaliza neutralidade em 48 pontos.
"Mercados asiáticos acompanharam a alta de Wall Street, impulsionada pela expectativa de corte de juros nos Estados Unidos. Os rendimentos dos Treasuries recuaram para as mínimas de quatro meses e o dólar cedeu levemente após dados indicarem desaquecimento no mercado de trabalho americano", disse André Franco, CEO da Boost Research.
"O S&P 500 e o Nasdaq renovaram recordes, enquanto o ouro manteve-se próximo de sua máxima histórica e o petróleo recuou, em meio à expectativa pela reunião da Opep+ sobre possíveis aumentos na produção. Já o bitcoin mantém perspectiva de curto prazo positiva. A combinação do enfraquecimento do dólar, da queda nos yields e da alta generalizada nos mercados acionários cria um ambiente extremamente favorável ao apetite por risco — no qual o bitcoin tende a se destacar", acrescentou.
"A estabilidade do ouro reforça o contexto de liquidez abundante. Caso os dados de emprego nos EUA confirmem a moderação já antecipada pelo mercado, o bitcoin pode ganhar novo impulso e avançar em direção à faixa de US$ 113 mil–115 mil", concluiu o CEO.
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