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Bitcoin ganha força, sobe 12% e registra maior preço dos últimos 40 dias

Novas informações sobre entrada da Amazon no mercado de criptoativos, taxa de juros nos EUA e outros fatores levam bitcoin para sexto dia consecutivo de alta

 (SOPA Images/Getty Images)

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GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 26 de julho de 2021 às 10h24.

Última atualização em 26 de julho de 2021 às 11h27.

O bitcoin voltou a subir no último fim de semana, chegando a ser negociado acima de 39 mil dólares pela primeira vez em quase 40 dias, na madrugada desta segunda-feira, 26. A criptomoeda já acumula alta pelo sexto dia consecutivo e, no momento, opera em alta de mais de 11% nas últimas 24 horas.

O preço do bitcoin começou a ganhar força na última semana, quando notícias positivas impulsionaram o mercado: a entrada do gigante financeiro BNY Mellon em um consórcio com o State Street - segundo banco mais antigo dos EUA - e outras instituições para a criação de uma corretora cripto; a oferta de produtos ligados aos criptoativos para os clientes de varejo do JPMorgan; o anúncio de Elon Musk sobre a Tesla voltar a aceitar bitcoin em breve.

No entanto, o principal "empurrão" para o preço do bitcoin veio da Amazon. Na sexta-feira, a empresa se posicionou sobre a abertura de uma vaga de liderança na empresa, que busca um profissional com experiência em blockchain e criptoativos para o time de pagamentos da companhia, dizendo estar "inspirada pela inovação que está acontecendo no universo dos criptoativos" e que a empresa está "explorando como isso poderia acontecer na Amazon".

Tudo isso fez com que o ativo, que tinha sofrido uma enorme queda na última segunda-feira e visto grande apreensão e medo no mercado, voltasse a operar com ganhos.

Mas, no domingo, 25, a notícia de que a mesma Amazon pretende começar a aceitar bitcoin como método de pagamento até o final do ano e que a empresa pretende lançar sua própria criptomoeda até o fim de 2022 impulsionaram ainda mais o preço do bitcoin e, como consequência, também de vários outros criptoativos.

Especialistas também citam outros fatores para a alta do bitcoin nos últimos dias. “Esse movimento de preços está alinhado com o que vimos nas últimas semanas”, afirmou Daniel Kim, chefe de mercado de capitais da Maple Finance, à CoinDesk. “As taxas de empréstimo em dólar começaram a aumentar desde as mínimas recentemente registradas.”

    “Também vimos um aumento significativo na demanda por USDC [criptomoeda atrelada ao dólar usada para a negociação de outras criptos] e o sentimento parece estar otimista após a notícia da participação da Amazon no bitcoin”, acrescentou Kim.

    Caroline Bowler, CEO da corretora cripto australiana BTC Markets, também citou a maior confiança do mercado no interesse institucional sobre o setor: “Mais proeminentemente, as conversas realizadas na semana passada entre Jack Dorsey, Elon Musk e Cathie Wood na conferência sobre bitcoin, onde eles falaram sobre onde vêem bitcoins e criptomoedas em relação às suas próprias organizações”.

    No momento da publicação deste texto, o bitcoin é negociado a 32.000 dólares, com um leve recuo depois de registrar a máxima dos últimos 40 dias durante a última madrugada.

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