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Bitcoin fecha 2º pior mês do ano e tendência é de mais quedas, diz analista do BTG

Maior criptomoeda do mundo já caiu mais de 65% em 2022 e eventos negativos para o setor podem empurrar preço do bitcoin ainda mais baixo, segundo analista técnico do BTG Pactual. Ethereum, por outro lado, pode ter performance melhor

Bitcoin pode continuar caindo em fim de ano (imagem/Shutterstock)

Bitcoin pode continuar caindo em fim de ano (imagem/Shutterstock)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2022 às 10h51.

Por Lucas Costa*

O final de ano chegou e com isso temos uma diminuição na liquidez dos mercados globais e de criptomoedas. O componente do volume é muito importante para os movimentos de tendência, costumamos brincar que o “preço queima na fogueira do volume”. O que observamos nas últimas semanas foi lateralidade em grande parte dos mercados, impactando também as principais criptos. A análise técnica do S&P500 mostra recuperação forte do índice americano desde outubro, voltando a trabalhar acima do importante nível dos 4.000.

O gráfico diário tem tendência de queda no médio prazo, mas faz tentativa de reversão para alta no curto prazo. Observamos o aumento da pressão compradora com a superação da média móvel de 21 e 50 períodos. O momento técnico é importante para o índice, uma vez que chegamos perto da média móvel de 200 períodos, que deve oferecer alguma resistência para os próximos dias. Destacamos que o último movimento de alta ocorreu com volume decrescente, mostrando uma menor participação dos grandes players de mercado e força compradora.

(Mynt/Divulgação)

O DXY segue ainda em correção, aliviando um pouco o movimento de queda das criptos. A desvalorização da moeda americana mostra um maior apetite a risco por parte do mercado. O gráfico diário mostra o preço atingindo nosso primeiro objetivo na média móvel de 200 períodos em 105,400. A tendência de médio prazo é de alta, mas fica ameaçada conforme as correções forem se aprofundando.

(TradingView/Reprodução)

O bitcoin fechou o mês de novembro com queda de aproximadamente 20%, segundo pior do ano de 2022, perdendo apenas para junho de 2022 (-37%). O ano de 2022 foi um ano difícil para os ativos de risco de maneira geral, com valorização do dólar e aumento de taxa de juros pelo mundo.

A tendência é de baixa para o bitcoin no médio e curto prazo, com vendedores ganhando após o rompimento do último fundo em US$ 17.500. As projeções da lateralidade anterior nos dão objetivos em US$ 15.150 (141,4%) e US$ 14.000 (161,85) para o movimento de queda. Nas últimas semanas, acompanhamos uma nova lateralidade, com o preço falhando em trabalhar abaixo dos US$ 15.500, mas sem forças para ganhar o topo dos US$ 18.000. O fluxo da principal cripto ainda é vendedor, com o mercado aguardando novas notícias do caso FTX.

A nossa expectativa é de aceleração das quedas, caso o preço falhe em superar o último fundo rompido em US$ 17.570. O cenário de melhora depende de uma assimilação completa do caso FTX pelo mercado, seguido de uma melhora na percepção de risco global e sinalizações de diminuição das taxas de juros pelo governo americano.

(TradingView/Reprodução)

O ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, tem cenário um pouco melhor que o bitcoin, apesar da tendência de baixa do curto e médio prazo. O preço ainda trabalha abaixo da média móvel de 21 e 50 períodos, sinalizando pressão de venda. Acompanhamos o traçado de Fibonacci entre o fundo dos US$ 870 e topo em US$ 2.050, com próximos suportes em US$ 1.070 e US$ 875. O nosso call é que o ether tem um potencial de recuperação melhor do que o bitcoin, uma vez que não perdeu o último fundo de junho/22 no movimento de queda recente. O cenário de melhora ganha força somente no rompimento da média móvel de 50 períodos em US$ 1.350.

(TradingView/Reprodução)

*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.

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