Repórter do Future of Money
Publicado em 29 de outubro de 2024 às 15h47.
Última atualização em 29 de outubro de 2024 às 15h48.
No momento de escrita desta matéria, o bitcoin está a apenas cerca de US$ 1 mil de sua máxima histórica, atingida em março deste ano. Em um movimento de alta surpreendente, a maior criptomoeda do mundo já subiu mais de 6,1% nas últimas 24 horas e investidores já começam a se preparar para uma nova “all-time high”, termo em inglês para máxima histórica.
Cotado a US$ 73.060, o bitcoin acumula alta de 8,3% nos últimos sete dias, de acordo com dados do CoinMarketCap. O último recorde de preço do bitcoin foi em 14 de março, há oito meses, quando a criptomoeda foi cotada a US$ 73.750.
“O cenário de aversão ao risco foi responsável por tirar do mercado posições alavancadas e agora temos um cenário de alta muito mais saudável. Pode ser que o mercado continue subindo até as eleições e dependendo do resultado, continue subindo a partir daí”, disse Lucas Josa, especialista em criptoativos do BTG Pactual, no Morning Call Crypto desta quinta-feira, 29.
“Enquanto ainda tivermos fluxo dentro de ETFs, melhora no cenário macro e uma probabilidade mais alta de vitória de Trump nos EUA, é possível que tenhamos uma máxima histórica. Mas enquanto isso ainda não acontece, as correções são sim oportunidades de compra”, acrescentou Josa.
Já Beto Fernandes, analista da corretora de criptomoedas Foxbit, prevê um momento de alta volatilidade para o bitcoin nas próximas semanas. “Tanto para cima quanto para baixo”, disse Fernandes.
“Ao longo dos próximos dias, vamos ter a divulgação de vários dados econômicos importantes e a eleição presidencial nos Estados Unidos. Ou seja, esses elementos podem oscilar o humor do investidor que, hoje, está voltado para o risco. O que pesa a favor de uma continuação da alta é que a demanda pela criptomoeda está forte há, pelo menos, três semanas”, explicou ele.
“Sobre a possibilidade de compra do bitcoin agora, é uma visualização bem subjetiva. Muitos podem achar o bitcoin caro em R$ 400 mil. Porém, o Bitcoin também estava "caro" em R$ 350 mil para alguns. Então, a decisão depende do gerenciamento de risco de cada um. Mas, historicamente, são poucos os momentos em que o bitcoin fica caro, ainda mais se as compras forem baseadas nos ciclos de mercado”, disse Beto Fernandes. O bitcoin renovou seu recorde em relação ao Real nesta terça-feira, 29.
“Houve um rompimento do teto que mantinha o preço do bitcoin; um novo nível de resistência pode se tornar um suporte e, assim, sustentar uma possível tendência de alta. Para o investidor, é necessário reavaliar seu perfil de risco e o balanceamento da carteira de investimentos, já que a alta do bitcoin pode aumentar o nível de risco do portfólio. Para aqueles que pensam em aumentar sua posição nesse tipo de ativo, é recomendável comprar aos poucos, diminuindo, assim, o risco”, comentou Dyego Galdino, CEO da Global 360 Invest.
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