Future of Money

Bitcoin e o caixa das empresas: por que a criptomoeda está sendo adotada por instituições?

Entenda os motivos por trás da crescente adoção do bitcoin como uma reserva de valor por parte de empresas e investidores institucionais

 (Reprodução/Reprodução)

(Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 15 de setembro de 2024 às 11h00.

Tudo sobreBitcoin
Saiba mais

Por Fabio Seixas*

A recente queda no nível de reservas de bitcoin nas corretoras de criptomoedas, divulgada nesta semana pela empresa de análises CryptoQuant, reforça um movimento que tem sido observado nos últimos anos: a crescente adoção da criptomoeda como uma reserva de valor por parte de empresas e investidores institucionais.

A tendência, que já é realidade para algumas organizações, gera debates sobre os benefícios, riscos e implicações de estratégias que incluem o ativo digital em seus portfólios financeiros.

Dados divulgados recentemente pela CryptoQuant revelam que o nível de reservas de bitcoin em corretoras de criptomoedas atingiu o menor patamar desde 2022, atualmente somando em média 2,8 milhões de unidades. Em 2022, as reservas chegaram a superar 3 milhões de unidades ao longo do ano.

Essa métrica é amplamente monitorada pelo mercado por seu potencial em sinalizar comportamentos e tendências dos investidores, e a redução nas reservas pode ser um reflexo da crescente retenção da moeda digital, que está sendo mantido ativo, em vez de negociado em exchanges.

  • Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas do BTG Pactual e a curadoria dos melhores criptoativos para você investir.

Valorização e diversificação

Além do potencial de valorização, o investimento em bitcoin pode oferecer às empresas a oportunidade de diversificar seus portfólios de ativos. A diversificação é uma prática comum em estratégias de gestão financeira, e o bitcoin representa uma classe única, com características que o distinguem de moedas fiduciárias, ações e outros ativos tradicionais.

A alocação de parte das reservas pode ajudar as empresas a reduzir exposição a riscos específicos de outras classes de ativos, contribuindo para a construção de portfólios mais equilibrados e resilientes.

  • BTG revela quais as melhores criptomoedas para investir no segundo semestre! Acesse gratuitamente
    ONDE INVESTIR EM CRIPTO NO 2º SEMESTRE? DESCUBRA NESTE RELATÓRIO GRATUITO

Outro aspecto a ser considerado é a proteção contra a inflação. Em um cenário de incerteza econômica e políticas monetárias expansionistas adotadas por diversos países, o bitcoin tem sido visto por alguns como um mecanismo de proteção contra a desvalorização das moedas fiduciárias.

A natureza deflacionária, com um suprimento limitado a 21 milhões de unidades, o coloca em contraste com sistemas monetários sujeitos à impressão desenfreada de dinheiro, o que pode atrair empresas que buscam preservar o valor de suas reservas a longo prazo.

Melhorias operacionais

Além dos potenciais benefícios financeiros, a adoção da criptomoeda por empresas pode ter implicações operacionais. O método pode abrir oportunidades para a realização de transações internacionais de forma mais econômica, aproveitando as características de rapidez e baixo custo das transações em blockchain.

O envolvimento com o ecossistema de criptomoedas pode estimular, inclusive, a inovação e a exploração de novos modelos de negócios baseados em tecnologias descentralizadas.

No entanto, é importante reconhecer que o investimento em bitcoin também envolve riscos significativos, que devem ser avaliados com cuidado pelas companhias. A volatilidade é uma característica amplamente reconhecida, e flutuações bruscas no valor do ativo podem impactar o balanço patrimonial e a saúde financeira organizacional.

Estratégias de gestão de risco, como o uso de derivativos e a definição de limites para exposição podem ser consideradas para mitigar os efeitos da volatilidade.

Questões relacionadas à regulamentação, segurança, governança e contabilidade do bitcoin também são importantes. As empresas que optam por manter as reservas precisam estar cientes das complexidades legais e regulatórias associadas ao ativo, que variam de acordo com a jurisdição. A segurança é uma preocupação fundamental, exigindo a implementação de práticas robustas de custódia e proteção contra ameaças cibernéticas.

A decisão de adotar a moeda digital como parte do planejamento de uma empresa é multifacetada e deve levar em consideração uma série de fatores, incluindo o perfil de risco da corporação, a natureza de suas operações e a evolução do mercado de criptomoedas. A consulta a especialistas em finanças, regulamentação e tecnologia é recomendada para aqueles que consideram explorar a possibilidade.

*Fabio Seixas é CEO da Softo.

Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas do BTG Pactual e a curadoria dos melhores criptoativos para você investir.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | Tik Tok  

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasCriptoativos

Mais de Future of Money

Superquarta: Fed anuncia decisão rara e mercado de criptomoedas reage; entenda

"Sistema financeiro da internet vai ser construído em blockchain", diz CEO da Circle

99 usa IA para recuperar mais de 300 mil transações “perdidas” com cartão de crédito

Relação ether/bitcoin cai para menor nível desde 2021: por que isso é importante para investidores?