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Bitcoin dispara para US$ 70 mil e tem novo recorde histórico, mas cai logo em seguida

Maior criptomoeda do mercado opera no maior preço desde 2021, mas tem tido dificuldade para superar resistência de US$ 70 mil

Bitcoin disparou mais de 50% nos primeiros meses de 2024 (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin disparou mais de 50% nos primeiros meses de 2024 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 8 de março de 2024 às 13h55.

O bitcoin atingiu nesta sexta-feira, 8, um novo recorde histórico de preço, chegando pela primeira vez à casa dos US$ 70 mil. A criptomoeda teve uma forte disparada no dia, mas acabou retrocedendo e voltando ao patamar de preço de US$ 68 mil logo após marcar a nova máxima, mostrando a dificuldade do ativo em alçar preços maiores no curto prazo.

Dados da corretora de criptomoedas Coinbase apontam que o novo recorde de preço do bitcoin é de US$ 70.088. Na última terça-feira, 5, o ativo superou a máxima histórica de 2021 e chegou a US$ 69.100, mas o recorde durou pouco e foi superado alguns dias depois. Segundo a plataforma CoinGecko, a criptomoeda acumula alta de 11% nos últimos sete dias.

No momento, ela está cotada em US$ 68 mil, mas o ativo chegou a recuar para um patamar de US$ 66 mil imediatamente após bater o recorde de preço. João Galhardo, analista da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, explica que "correções nos preços são algo comum conforme o ativo se aproxima de níveis recordes de valor, dado que todos os investidores encontram-se em posição de lucro, o que leva à realização de ganhos".

"No entanto, à medida que a pressão compradora persistir, a resistência de US$ 70 mil eventualmente será superada", projeta. Galhardo ressalta que o fluxo comprador tem sido cada vez mais direcionado para o bitcoin, combinando a demanda tanto de investidores institucionais por meio dos ETFs nos Estados Unidos quanto o retorno de investidores de varejo.

"Se os fatores mencionados continuarem como estão, é bem provável que o movimento de alta da criptomoeda se estenda indefinidamente", afirma o analista. Ao mesmo tempo, ele considera que existe uma combinação de fatores que, se confirmados, tendem a impulsionar o ativo.

"Se, na próxima semana, observarmos os ETFs de bitcoin continuando a operar com uma média de volume negociado entre US$ 7 e US$ 8 bilhões por dia, acompanhados de aportes diários numa média de US$ 500 milhões, como foi na última semana, é provável que o próximo teste da resistência de US$ 70 mil seja o último, abrindo espaço para a retomada da tendência de alta", afirma.

Galhardo diz ainda que "de acordo com a análise técnica, a repetição de testes em um nível de resistência tende a enfraquecê-lo, uma vez que os vendedores interessados naquela faixa de preço diminuem. Eventualmente, os que desejavam realizar lucros nessa faixa de preço terminarão suas vendas e, se a pressão compradora se mantiver estável, é esperado um avanço significativo [no preço]".

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