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Repórter do Future of Money
Publicado em 17 de maio de 2023 às 11h59.
O mercado de criptomoedas tem seus principais ativos lateralizados nesta quarta-feira, 17. A incerteza volta para o mercado à medida que decisões macroeconômicas dos Estados Unidos podem voltar a impactar o setor.
O bitcoin é cotado a US$ 26.667 no momento, o bitcoin apresenta queda de 1% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. A maior criptomoeda do mundo em valor de mercado já acumula perda de quase 10% no último mês.
As possibilidades para o bitcoin no curto prazo ainda são de queda, apontam analistas. É provável que, pelo menos até o final de maio, a principal criptomoeda siga em queda.
"Ao analisar o gráfico diário do bitcoin, vemos um canal de baixa que foi respeitado nos últimos 30 dias e que deve ser respeitado por mais algum tempo, provavelmente até o final de maio. Dificilmente veremos o bitcoin fora do range de US$ 25 a 28 mil dólares esse mês", disse Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget.
"Há mais probabilidade de queda do que de alta. Os touros não mostraram força para segurar US$ 27 mil e estamos fazendo altos cada vez mais mínimos. A negociação deve continuar lateral mas com viés baixista", comentou Taras Dovgal, vice-presidente de produtos da Münzen. Ele também acha que o bitcoin deve continuar seu movimento lateral entre US$ 25 e US$ 28 mil.
Já o ether, a criptomoeda nativa da rede Ethereum, ganhou destaque nas últimas semanas com a liberação de saques dos ativos congelados em staking a partir da atualização Shanghai. No entanto, o ether é cotado a US$ 1.794, com queda de 1,11% nas últimas 24 horas e 13% no último mês.
André Franco, especialista do MB Research, acredita que os últimos dias não tem deixado claro qual pode ser a direção do mercado.
"Os dados on-chain mostram que mais de 10 mil bitcoins passaram para as mãos dos investidores de longo prazo. Na Ethereum tivemos o saldo positivo de 119 mil ETH colocados em staking nas últimas 24 horas", comentou ele.
O cenário macroeconômico dos Estados Unidos pode continuar impactando a cotação de ativos de risco como as criptomoedas. Decisões importantes, como a elevação do teto de dívida e a taxa de juros do país devem trazer implicações para o apetite ao risco de investidores em todo o mundo.
"O cenário macroeconômico, que se encontra em um momento crítico do ajuste monetário, possivelmente próximo à estabilização, deve ser dominante para os ativos nos próximos meses", disse Ayron Ferreira, analista chefe da Titanium Asset Management.
Lucas Costa, analista técnico do BTG Pactual e especialista em tecnologia blockchain pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), comentou como o cenário global pode impactar o bitcoin e o ether da perspectiva técnica:
“Os mercados globais trabalham com uma leve alta dos índices de ações dos EUA e fortalecimento do dólar global. Nesse cenário, os criptoativos trabalham com movimento de queda de 1,56% do bitcoin e 1,85% do ether.
O cenário macro envolve a discussão do teto da dívida americana, que pesa sobre ativos considerados de maior risco. No cenário dos criptoativos, a discussão fic ana parte do aumento de peso dos aspectos regulatórios. É importante ressaltar que essa semana temos falas do Jerome Powell, que podem oferecer uma melhor definição de cenário de política monetária para as próximas reuniões do Fed e direcionamento.
O mercado americano tem uma lateralidade no S&P 500, mas observamos um maior deslocamento do Nasdaq. Aqui temos uma informação relevante, o movimento de alta do índice de ações de tecnologia tem sido guiado por poucas ações e não representa uma alta geral do mercado, por isso temos lateralidade no S&P500 e alta no Nasdaq.
O dólar global (DXY), por sua vez, encontrou suporte perto dos 101,000 e tem ganhado força nas últimas semanas. O comportamento recente dos mercados tem prejudicado a tentativa de recuperação do Bitcoin, uma vez que falta “combustível” para um novo movimento de alta.
O gráfico diário do bitcoin mostra o início de um movimento de correção mais forte e as médias móveis de 21 e 50 dias já trabalham com cruzamento de baixa. A perda do último fundo em US$ 27.180 acionou um pivô de baixa e os próximos suportes ficam em US$ 25.500.
É importante ressaltar que o movimento de correção ainda não invalida a tendência de alta no curto prazo, uma vez que o principal suporte é US$ 25.000 e não tivemos rompimento de fundos tão relevantes para o médio prazo”.
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