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Bitcoin aprofunda queda enquanto mercado monitora conflito no Oriente Médio

Escalada de tensões no Oriente Médio gerou queda generalizada no mercado de criptomoedas; entenda

 (envato/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 2 de outubro de 2024 às 11h05.

Última atualização em 2 de outubro de 2024 às 11h08.

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Outubro é historicamente conhecido como um dos meses mais positivos para o bitcoin. No entanto, o mês começou com quedas significativas para a criptomoeda após um ataque de mísseis do Irã contra Israel na última terça-feira, 1.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 61.190, com queda de 2,1% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. Durante a madrugada de terça para quarta-feira, a principal criptomoeda do mercado chegou a despencar para US$ 60.189.

"Após um mês de alta de 7,38%, o bitcoin inicia outubro com uma correção significativa, impulsionada pela escalada das tensões no Oriente Médio. O conflito entre Israel e Irã, que se intensificou após operações terrestres de Israel no Líbano e ataques aéreos do Irã em resposta, gerou incerteza nos mercados globais”, explicou João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual, à EXAME.

Segundo o especialista, com a escalada de conflitos, investidores buscaram reduzir sua exposição a ativos de risco em um ambiente de alta volatilidade.

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Outras criptomoedas apresentam quedas ainda maiores que o bitcoin. O ether, moeda nativa da rede Ethereum, é cotado a US$ 2.449, com queda de 5,1% nas últimas 24 horas.

A criptomoeda-meme dogecoin despenca mais de 10% nas últimas 24 horas, enquanto outros ativos entre as 20 maiores criptomoedas do mundo em valor de mercado mantém queda na faixa dos 5 a 7%.

Enquanto isso, investidores monitoram os conflitos no Oriente Médio. Após o ataque de mísseis do Irã, Israel e Estados Unidos prometeram retaliação, o que pode elevar ainda mais as tensões geopolíticas ma região.

Conflitos vão impedir a alta do bitcoin no quarto trimestre?

Apesar disso, o cenário continua positivo para o bitcoin e as criptomoedas, de acordo com João Galhardo. Especialistas já haviam apontado que o quarto trimestre, historicamente positivo para o bitcoin, poderia trazer novas altas para as criptomoedas.

“No entanto, é importante destacar que o quarto trimestre historicamente tende a ser positivo para o mercado de criptoativos, e este período coincide com o início da flexibilização monetária pelo banco Central dos EUA (Fed), que já começou sua campanha de cortes na taxa de juros norte-americana. Portanto, apesar da volatilidade de curto prazo, a tendência de alta de longo prazo no bitcoin permanece resiliente”, concluiu o especialista em entrevista à EXAME.

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