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Binance mira mercado brasileiro e anuncia aquisição de corretora no país

Corretora cripto anuncia pedido de autorização ao Banco Central para concluir aquisição da corretora de investimentos "convencionais" Sim;Paul

Aplicativo da Binance, exchange que criou a criptomoeda BNB (Bloomberg/Getty Images)

Aplicativo da Binance, exchange que criou a criptomoeda BNB (Bloomberg/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2022 às 11h49.

A corretora cripto Binance anunciou nesta segunda-feira, 14, a assinatura de um Memorando de Entendimentos manifestando o interesse na aquisição da Sim;Paul, corretora de investimentos tradicionais autorizada pelo Banco Central e pela CVM.

A conclusão do negócio ainda depende de aprovação das autoridades regulatórias brasileiras, inclusive o próprio Banco Central, e os valores envolvidos na aquisição não foram revelados pelas partes envolvidas.

O interesse da Binance, entretanto, demonstra o interesse da empresa, que é a maior corretora cripto do mundo por volume de negociação, no mercado brasileiro, onde atua de forma indireta, com oferta de serviços através de parceiros locais mas sem uma sede no país.

"Nosso objetivo é ampliar a adoção de cripto globalmente com o propósito de gerar impacto positivo para os nossos usuários, a comunidade de cripto e blockchain, e para a sociedade como um todo. Em um mercado em rápido desenvolvimento como o brasileiro, o ecossistema blockchain, que inclui mas não se limita a criptomoedas, pode transformar e facilitar a vida das pessoas, e acreditamos que temos muito a contribuir, em total colaboração com as autoridades locais", disse Changpeng Zhao (CZ), fundador e CEO da Binance, em comunicado.

A Sim;Paul foi criada em 2019 e tem autorização do BC e da CVM desde meados de 2020, oferecendo produtos de investimento em ações, fundos imobiliários, renda fixa, assessoria de investimentos e demais serviços comuns às corretoras tradicionais.

(Mynt/Divulgação)

Já a Binance, que registrou no Brasil a empresa B Fintech, que tem o próprio CZ como sócio, diz não ter presença oficial no Brasil, e usuários da plataforma baseados no país fazem saques e depósitos por meio dos parceiros da corretora cripto, como o banco digital Capitual.

Esta postura da Binance, de atuar em mercados nos quais não tem registro, sede ou qualquer vínculo direto, já causou uma série de problemas para a empresa, que sofreu intenso escrutínio público e de órgãos reguladores em uma série de países. No Brasil, a empresa já foi alvo de representação, por parte de outras empresas e associações do mercado de cripto e blockchain, por suposta prática de "concorrência desleal".

Apesar disso, a Binance segue como um dos principais players do mercado cripto e blockchain no mundo, com cinco anos de existência e um enorme portfólio de produtos e serviços. O fundador e CEO da companhia, inclusive, foi apontado recentemente como o homem mais rico do setor, com fortuna estimada em 96 bilhões de dólares.

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