Signature Bank decidiu reduzir sua atuação no mercado de criptomoedas (Getty/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2023 às 10h53.
Última atualização em 23 de janeiro de 2023 às 11h09.
A Binance, maior corretora de criptomoedas do mercado, anunciou que vai precisar limitar as transações feitas pelos seus usuários em dólar, atribuindo a mudança a uma decisão do Signature Bank de não intermediar mais movimentações abaixo de US$ 100 mil a partir de 1º de fevereiro.
A exchange confirmou a mudança após uma notícia da Bloomberg. Segundo ela, o banco não vai mais apoiar as transações em nenhuma das corretoras que são suas clientes. Como consequência, "alguns usuários individuais" poderão ficar sem a opção de comprar ou vender ativos digitais diretamente em dólar, informou a Binance em um comunicado.
A corretora de criptomoedas destacou, porém, que essa opção tem pouca adesão na sua plataforma. Dados da Binance apontam que apenas 0,01% da média de usuários mensais utiliza o serviço que demanda a intermediação do Signature Bank. A empresa disse ainda que está buscando uma "solução alternativa".
Esses clientes ainda poderão negociar ativos digitais, mas precisarão usar outras opções da exchange, como cartões de crédito e débito ou outras moedas fiduciárias disponíveis na Binance. As movimentações em dólar envolviam um processamento no Swift, o sistema de transferências financeiras internacionais.
O responsável por processar essas transferências era o Signature Bank, que iniciou um movimento nas últimas semanas de redução de envolvimento com o mercado de criptomoedas após uma série de falências no setor, incluindo da corretora FTX em novembro.
O Signature já foi considerado um dos bancos mais amigáveis para o mundo cripto entre os maiores dos Estados Unidos. Em dezembro, ele anunciou que vai reduzir seus depósitos em criptomoedas de US$ 10 bilhões para US$ 8 bilhões. O objetivo é cortar os depósitos totais em cripto no banco de 23,5% para menos de 15%.
A FTX era uma das clientes do Signature, mas os depósitos representavam menos de 0,1% dos ativos totais do banco. Mesmo assim, as ações do Signature chegaram a cair quase 20% em novembro, quando as informações sobre a falência da corretora de criptomoedas surgiram.
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