Tim Draper: ele investiu em 24 unicórnios, comprou 30 mil bitcoins, quis dividir a Califórnia em seis e criou uma escola para empreendedores baseada em Harry Potter e X-Men (Frederick M. Brown/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2022 às 14h24.
O bilionário Tim Draper, que fez fama com o seu fundo de capital de risco no Vale do Silício e também por ter dado o lance vencedor no primeiro leilão de bitcoins apreendidos por autoridades dos EUA, em 2014, falou com bastante otimismo sobre o mercado cripto, mesmo depois de um mês de junho trágico para o setor.
"As massas vão chegar em breve e, quando isso acontecer, vai ser de uma vez só. Pense quando você puder comprar sua comida, suas roupas e sua casa, tudo com bitcoin. Não vai existir razão para manter moedas fiduciárias, porque elas não são tão boas, estão presas a forças políticas, dependem dos bancos. O bitcoin tem muito menos fricção e é global", disse, em entrevista ao canal London Real, que tem mais de 2 milhões de seguidores no YouTube.
O investidor, que criou sua fortuna com aportes quando empresas como Tesla, Hotmail, Skype, Tesla, Twitter e Coinbase, entre outras, ainda estavam em estágios iniciais, ainda afirmou que o bitcoin é forte o suficiente para resistir ao cenário macroeconômico atual, que ele comparou com aquele que levou ao crash de Wall Street em 1929.
“Este é um momento emocionante. Eu sabia que passaríamos por trancos e barrancos à medida que [o mercado cripto] amadurecesse, à medida que se tornasse mais usado e disponível em todo o mundo. Estou muito empolgado com o que está acontecendo com o bitcoin. (...) Parece que temos algo equivalente ao colapso de 1929 hoje, mas a tecnologia do bitcoin é muito melhor”, afirmou.
Ele também reforçou a sua crença no bitcoin e prevendo queda na condiança no dólar, o que, para ele, poderia impulsionar ainda mais a adoção da criptomoeda: "Eu continuei comprando bitcoin ao longo dos anos e sinto que em algum momento vai acontecer algum tipo de fuga do dólar (...), que vai fazer as pessoas mudarem para o bitcoin. É um momento muito empolgante. Vão existir outros desafios para o bitcoin no caminho, mas é uma moeda melhor, e as coisas que são melhores no longo prazo para o consumidor geralmente vencem no final".
Para completar, Tim Draper afirmou que, até o dia do triunfo das criptomoedas, autoridades e reguladores vão lutar para impedir que isso aconteça: "Nesse meio tempo [até que o bitcoin saia como vencedor], veremos bancos centrais ficando nervosos, governos ficando nervosos... quero dizer, grandes governos ficando nervosos, porque os pequenos veem isso como uma oportunidade".
Apesar do otimismo do bilionário, o bitcoin parece atualmente bem distante de ser o vencedor, negociado a US$ 20.350, quase 70% abaixo da sua máxima, registrada em novembro de 2021, em cerca de US$ 68.000.
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