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Bilionário mexicano revela que 70% do portfólio está em bitcoin: 'Compre tudo que puder'

Ricardo Salinas, uma das pessoas mais ricas do México, revelou que segue investindo no bitcoin e recomendou criptomoeda

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 6 de março de 2025 às 16h22.

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O bilionário Ricardo Salinas, uma das pessoas mais ricas do México, revelou nesta semana que cerca de 70% do seu portfólio é formado por investimentos no bitcoin. O empresário, que controla o Grupo Elektra e atua em diversos setores do país, já elogiou a criptomoeda no passado.

Em entrevista à Bloomberg, Salinas não especificou valores e explicou que os investimentos se referem ao seu "portfólio pessoal, que eu mesmo gerencio". Em relação à criptomoeda, ele disse que está "totalmente investido". "Eu tenho cerca de 70% de exposição ao bitcoin e 30% ao ouro e mineradoras de ouro".

Salinas disse ainda que não tem "qualquer tipo de título de tesouro ou ações, além das minhas próprias". A fortuna do empresário mexicano é estimada na casa dos US$ 5,8 bilhões, o que o coloca entre as cinco pessoas mais ricas do México. Suas empresas atuam em áreas de finanças e telecomunicações.

Além de revelar os seus investimentos atuais no bitcoin, Salinas aproveitou para compartilhar uma recomendação sobre o ativo com o público: "Compre tudo o que puder". Ele disse ainda que a volatilidade de curto prazo no preço da criptomoeda é superada com o passar do tempo.

"No caso do bitcoin, você tem que pensar em períodos de 10 anos e comprar tudo o que puder. A única direção que ele vai [nesse período] é para cima", reforçou. Ele também recomendou que investidores interessados na criptomoeda apliquem a estratégia de DCA, ou Dollar-Cost Average.

"Você tem um programa em que consegue comprar uma certa quantidade por mês, e aí você vai comprando todo mês. Isso vai eliminar a incerteza, e aí você nunca venda [os bitcoins comprados", afirmou o bilionário mexicano.

A primeira vez que Salinas revelou investimentos na criptomoeda foi em 2020. À época, porém, apenas 10% do seu portfólio era composto pelo ativo, com o restante investido em metais preciosos. Já em 2022, essa fatia saltou para 60% do portfólio pessoal do empresário.

Salinas tentou transformar o seu Banco Azteca no primeiro do México a aceitar bitcoin, mas a regulação do país acabou impedindo o movimento. Anteriormente, o bilionário afirmou que o bitcoin "protege os cidadãos da expropriação pelo governo", defendendo as vantagens de investir na criptomoeda como um ativo de reserva, semelhante ao ouro.

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