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Drex: coordenador no Banco Central falou sobre futuro do projeto (Divulgação/Divulgação)
Editor do Future of Money
Publicado em 17 de setembro de 2025 às 17h31.
Última atualização em 17 de setembro de 2025 às 17h37.
Responsável por coordenar a iniciativa do Drex no Banco Central, Fabio Araujo afirmou nesta quarta-feira, 17, que o BC não abandonou o mundo blockchain, apesar da próxima fase do piloto do projeto não envolver mais a tecnologia. Em agosto, a autarquia anunciou mudanças na iniciativa, que ganhou um novo foco na área de crédito.
Durante sua participação no evento Meridian 2025, organizado pela Stellar Development Foundation, Araujo disse que "a iniciativa do Drex é mais ampla que o piloto. No piloto, tivemos a demanda de entregar um produto no curto prazo pela diretoria do Banco Central, e, considerando isso, concluímos que não seira possível usar blockchain devido a questões de privacidade e escalabilidade".
"A terceira fase não vai usar blockchain, mas isso não significa que a iniciativa vai abandonar a tecnologia. Estamos engajados em laboratórios de tokenização, de CBDCs com outros bancos centrais e estamos trabalhando muito", ressaltou Araujo.
Para o integrante do Banco Central, "o principal ponto é como ter um jeito eficiente de realizar a tokenização, e é impossível dissociar isso de DLTs". As DLTs são redes de registro distribuído, base por trás da tecnologia blockchain e grande foco dos testes do piloto do Drex nos últimos dois anos.
Araujo ressaltou que o piloto encontrou "desafios de proteção de privacidade em blockchain. Basicamente, desafios de como resolver isso sem criar riscos para o ecossistema e garantindo que seja suficientemente seguro para a população".
Segundo o coordenador do Drex, o objetivo do Banco Central no longo prazo "é ter um ecossistema em que a moeda digital de Banco Central tem o papel de oferecer estabilidade para o sistema e o dinheiro digital privado pode oferecer as ferramentas e caminhos para as instituições criarem novos serviços para a população".
"O Drex é sobre trazer novos e melhores serviços para a população, aprofundando a inclusão financeira que temos conseguido com o Pix. Agora que temos milhões de novas pessoas que estão engajadas no sistema financeiro, precisamos encontrar formas de tornar os serviços mais acessíveis e baratos para a população", destacou.
O coordenador reconheceu que a iniciativa enfrenta "desafios técnicos", mas ressaltou que o projeto tem contado com o esforço do mercado e que o setor privado está "bastante animado com a tokenização de ativos do mundo real. Acredito que vamos ter grandes avanços nos próximos meses".
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