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Banco central da Coreia do Sul descarta criação de reserva de bitcoin

Autoridade monetária da Coreia do Sul avalia que volatilidade do mercado de criptomoedas dificulta adoção do bitcoin

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 17 de março de 2025 às 16h24.

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O banco central do Coreia do Sul anunciou no último domingo, 16, que não tem a intenção de criar uma reserva estratégica de bitcoin no curto prazo. A autarquia havia sido questionada pela possibilidade por um dos parlamentares do país, mas descartou a opção.

Em uma resposta ao questionamento, o Banco da Coreia disse que ainda está preocupado com a alta volatilidade no mercado de criptomoedas. Esse fator poderia resultar em custos transacionais elevados caso o país tentasse comprar ou vender a criptomoeda, dificultando a sua adoção.

Segundo a autarquia, no momento o bitcoin ainda não está dentro das características determinadas pelo país para a adoção de um ativo dentro das reservas internacionais sul-coreanas. O banco central segue as características determinadas pelo FMI (Fundo Monetário Nacional).

A organização internacional determina que as reservas internacionais de um país precisam ter riscos gerenciáveis de liquidez e crédito. A Coreia do Sul planeja relaxar uma série de regras e leis para o mercado de criptomoedas ao longo de 2025, o que motivou especulações sobre uma aproximação com o setor.

O movimento ocorre ao mesmo tempo em que os Estados Unidos criaram uma reserva estratégica de bitcoin no dia 6 de março, a partir de uma ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump. A medida fez com que investidores ficassem mais atentos a possíveis movimentos semelhantes em outros países.

A reserva é formada por unidades da criptomoeda que foram apreendidas pelas autoridades norte-americanas ao longo dos anos. O país também não descartou a possibilidade de comprar mais unidades como forma de expandir a reserva, mas isso não deve ocorrer no curto prazo.

Investidores acreditam que o movimento dos EUA pode gerar uma tendência de adoção de bitcoin por outros países. Em fevereiro, o presidente do banco central da República Tcheca revelou que a autarquia está avaliando a adoção da criptomoeda como um ativo de reserva.

Por outro lado, Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), afirmou que não acredita que o bitcoin será adotado como ativo de reserva por muitos bancos centrais. Para ela, a criptomoeda ainda não tem as características necessárias para assumir esse papel.

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