Bitcoin disparou mais de 60% nos primeiros meses de 2024 (Nelson Almeida/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 1 de abril de 2024 às 11h22.
Última atualização em 1 de abril de 2024 às 12h17.
A B3, empresa responsável pela bolsa de valores brasileira, anunciou na última quinta-feira, 28, que recebeu a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para lançar contratos futuros de preço do bitcoin. A expectativa da empresa agora é que a nova opção de investimento na criptomoeda seja disponibilizada no dia 17 de abril.
Em um comunicado, a B3 informou que será a responsável pelo contrato futuro, que terá a sigla BIT. A companhia comentou ainda que a data oficial de lançamento do produto será divulgada apenas após a aprovação pela CVM do manual operacional com as regras do contrato.
Felipe Gonçalves, superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3, destacou que a empresa "está expandindo sua atuação no mercado de criptoativos, oferecendo aos investidores formas diferentes de diversificarem suas estratégias". Em março, a empresa também detalhou sua estratégia para o mercado de criptoativos.
"Esse lançamento atende uma demanda por um produto derivativo que permite a proteção da oscilação de preços do bitcoin ou a exposição direcional ao ativo, mantendo a segurança de operar no ambiente da bolsa do Brasil", comentou o executivo.
Também no comunicado, a B3 informou que conta atualmente com 14 fundos negociados em bolsa (ETFs) e recebidos negociados na bolsa brasileira (BDRs) de ETFs negociados em outros países, em especial nos Estados Unidos. Em fevereiro, a BlackRock disponibilizou no Brasil os BDRs do seu ETF de bitcoin.
Na visão da B3, o contrato futuro da criptomoeda é "mais uma alternativa de produto que permite aos investidores, via instrumento derivativo, a proteção da oscilação de preços" do ativo. O contrato tem como referência o Nasdaq Bitcoin Reference Price.
Na prática, o valor do contrato será equivalente a 0,1 unidade de bitcoin, ou 10% do valor do ativo em reais. O produto também terá vencimento mensal, investimento mínimo de R$ 100 por contrato e liquidação exclusivamente financeira, sem compra e venda direta da criptomoeda.
"Em seu lançamento, o contrato futuro de bitcoin contará, no primeiro momento, com formadores de mercado, agentes que negociam o produto e ajudam a trazer liquidez e confiabilidade para a formação de preços", revelou a B3.
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