A Argentina é um dos casos mais emblemáticos em uso de criptoativos (Erica Canepa/Bloomberg)
O Banco Central da República da Argentina (BCRA) anunciou a proibição da oferta de serviços com criptoativos pelos bancos do país. Segundo o comunicado da instituição, qualquer produto ou serviço relacionado a um ativo digital que não seja regulado está proibido.
Como ainda não existe regulamentação sobre ativos digitais na Argentina, na prática a decisão limita completamente os bancos do país a interagir com esse tipo de ativo.
A medida foi anunciada poucos dias depois do maior banco argentino anunciar que passaria a oferecer negociação de criptoativos para seus clientes. Na última segunda-feira, 2, o Banco Galicia, o maior do país em valor de mercado, anunciou que iria permitir a compra e venda de bitcoin, ether, USDC e XRP em sua plataforma. O banco ainda não se pronunciou oficialmente sobre a proibição.
De acordo com o BCRA, a medida tem como objetivo mitigar os riscos associados com as operações envolvendo ativos digitais. “As entidades financeiras devem se orientar em financiar o investimento, a produção, comercialização e consumo de bens e serviços requeridos tanto pela demanda interna, quanto pela exportação”, explica o texto. “Os atores envolvidos nas operações com esses ativos podem não se encontrar no país, o que poderia gerar apartamentos com a norma geral”, completa o comunicado.
Segundo informações da imprensa local, os bancos argentinos não poderão mais oferecer serviços relacionados às criptomoedas para seus clientes já a partir desta sexta-feira, 6.
A Argentina é um dos casos mais emblemáticos em uso de criptoativos, que se tornou uma maneira eficiente para a população local se proteger da inflação que assola o peso argentino há pelo menos cinco anos.
Além disso, até alguns governantes argentinos decidiram investir no setor. Sorradino, uma cidade do país, anunciou no mês passado que iria começar a minerar criptomoedas como forma de arrecadar dinheiro para atualizar sua infraestrutura rodoviária. Segundo o prefeito Juan Pio Drovetta, uma das principais razões para isso é escapar da inflação.
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