Ethereum é um dos principais blockchains do mercado (Reprodução/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 27 de agosto de 2024 às 10h30.
O Ministério da Educação da Argentina anunciou que vai incluir aulas práticas sobre a rede Ethereum no currículo de escolas voltadas para o Ensino Médio da cidade de Buenos Aires. A ideia é que os alunos tenham uma introdução à rede e à tecnologia blockchain como um todo.
O projeto faz parte de uma parceria com a Fundação ETH Kipu para levar informações sobre a nova tecnologia para as salas de aula da cidade. Com isso, as escolas secundárias em Buenos Aires também oferecerão estágios práticos em blockchain para proporcionar experiência aos alunos.
O primeiro curso do programa começará em 27 de agosto. Além disso, a ETH Kipu disse que implementará um curso online de Solidity, uma linguagem de programação. O curso busca treinar 500 alunos maiores de 18 anos para desenvolver aplicativos descentralizados (DApps). A fundação planeja preparar 30 instrutores para fornecer treinamento em Ethereum e blockchain aos alunos.
A Solidity é uma linguagem de programação de alto nível usada para construir contratos inteligentes no blockchain Ethereum. Ela foi desenvolvida em 2014 para criar DApps na rede e também é utilizada em redes populares como a BNB Smart Chain e a Avalanche.
A cofundadora da ETH Kipu, Paula Doy, afirmou que a integração da Ethereum nas escolas secundárias ensina os alunos sobre a tecnologia e lhes dá ferramentas para "moldar o futuro". Doy acrescentou que "esta iniciativa abrirá novas oportunidades de carreira para os jovens e colocará a Argentina na vanguarda do movimento global de blockchain".
A ETH Kipu é uma organização focada na educação da América Latina sobre Ethereum. Em 7 de agosto, a ETH Kipu e a Ethereum Foundation realizaram um workshop que reuniu 200 alunos para aprender sobre o blockchain. A organização afirmou que este evento serviu como um “pontapé inicial” para a iniciativa mais ampla de levar a educação sobre blockchain às escolas secundárias de Buenos Aires.
Com a inflação local da Argentina disparando, os argentinos têm migrado para ativos digitais. Com uma taxa de inflação anual de 276%, o país lidera o hemisfério Ocidental em adoção de cripto. Em 8 de julho, analistas da Forbes destacaram que, dos 130 milhões de visitantes às 55 maiores exchanges de cripto globalmente, 2,5 milhões vieram da Argentina.
Além disso, a Argentina também foi o principal mercado na Binance em termos de visitantes. Dados da SimilarWeb mostraram que 6,9% do total de visitas à Binance vieram da Argentina. A adoção de cripto no país é atribuída à compra de stablecoins para ao dólar, para evitar uma desvalorização de patrimônio em meio à inflação local.