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Aprovação de ETF ligado ao bitcoin faria preço disparar 'dez vezes', diz Michael Saylor

Para ex-CEO da MicroStrategy, fundo que acompanharia preço à vista da criptomoeda traria mais segurança e adoção para o ativo

Empresas tentam obter aprovação para ETF de bitcoin (Reprodução/Reprodução)

Empresas tentam obter aprovação para ETF de bitcoin (Reprodução/Reprodução)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 12 de maio de 2023 às 10h53.

O executivo Michael Saylor, ex-CEO da MicroStrategy, ficou conhecido no mercado por ser um dos maiores defensores do bitcoin e por tornar sua empresa a maior investidora institucional da criptomoeda. E, durante uma participação em um podcast nesta semana, ele não apenas reforçou seu otimismo sobre o ativo como citou um evento que poderia fazer o seu preço disparar "dez vezes".

Ele se referiu à possível aprovação de um fundo negociado em bolsa (ETF, na sigla em inglês) que acompanharia o preço à vista da criptomoeda. Esse tipo de produto é altamente desejado pelos entusiastas do mundo cripto e é visto como uma boa alternativa para atrair mais investidores institucionais e expandir a adoção ao ativo, mas tem enfrentado dificuldades para ser aprovado pelos reguladores nos Estados Unidos.

Os ETFs ligados ao bitcoin atualmente disponíveis para investidores estadunidenses seguem apenas os preços de contratos futuros da criptomoeda. Mesmo com os esforços feitos por gestoras sediadas no país ao longo de anos, ainda não foi possível lançar um ETF ligado ao preço de varejo do ativo nos Estados Unidos.

Michael Saylor explicou que, para que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) aprove um ETF ligado ao preço de varejo do ativo, é importante que a criptomoeda chegue a alguma bolsa regulada do país. Outra possibilidade é alguma exchange estadunidense receber autorização para negociar valores mobiliários.

Já Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex e que também participou do podcast, comentou sobre o caso da gestora no Brasil. “Conseguimos lançar um ETF de bitcoin sem mexer na lei, mas adequando ao que já estava disponível. O que fizemos no Brasil foi uma tese, que foi comprovada, e agora voltamos aos Estados Unidos com a mesma agenda”, comentou.

O CEO da Hashdex, então, perguntou a Michael Saylor o que ele achava da aprovação de um ETF da criptomoeda ligado ao preço do varejo. “Acho que é uma boa ideia. Aliviar a incerteza e falta de clareza em torno da indústria de criptomoedas deve fazer o bitcoin valorizar dez vezes”, projetou Saylor.

Interesse na Lightning Network

Saylor também relatou que as conversas sobre a Lightning Network voltadas ao público institucional foram “algo grande”. A rede busca facilitar a realização de transações usando o bitcoin ao reduzir o tempo de processamento e os valores das taxas que precisam ser pagas para realizar movimentações no blockchain da criptomoeda.

“Temos dois conjuntos de perguntas: um conjunto composto por empresas que ainda queriam entender o que é o bitcoin, como está a regulação sobre o tema e o que aconteceu nos últimos 12 meses, e outro conjunto composto por empresas querendo entender melhor a Lightning Network e como integrá-la em seus negócios”, disse Saylor.

O interesse na Lightning Network, porém, não está relacionado à alta nas taxas do blockchain vista nos últimos dias. Saylor aponta que as empresas não tiveram interesse em saber o que são Ordinals ou Inscriptions. Inscription, ou Inscrição, é o nome dado ao ato de registrar um arquivo na blockchain do Bitcoin usando o software Ord.

“Nossa conferência foi voltada para empresas do mainstream, como grandes bancos, agências governamentais, companhias aéreas, empresas de produtos de consumo rápido, farmacêuticas, e que já são nossos clientes nos últimos 20 anos. As dúvidas dessas empresas eram sobre como integrar bitcoin em seus negócios, e como integrar transações seguras usando a Lightning Network em seus negócios”, afirmou Saylor.

Sobre o aspecto regulatório da criptomoeda, o CEO da MicroStrategy comentou que se interessa pelos diferentes documentos emitidos por autoridades estadunidenses. Ele diz, então, que não há perigo regulatório em comprar e acumular o ativo. “Os problemas estão sempre relacionados a outras criptomoedas, a exchanges e tokens. O bitcoin é uma commodity".

Nessa linha, Michael Saylor avalia que investir na criptomoeda é o passo mais seguro para instituições que querem interagir com o mercado de criptomoedas. “A incerteza regulatória pode fazer o dinheiro de outras partes desse ecossistema fugir e ir para o bitcoin”, concluiu Saylor.

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